Como 2020 influenciou a alocação dos perfilados agressivos?

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Créditos: 0vnCnzcU (Unsplash)

Anteriormente, analisámos a evolução da alocação dos fundos perfilados nacionais com um perfil de risco defensivo e moderado. Portanto, chegou agora a hora de auscultar os produtos mais agressivos.

Assim sendo, o foco serão classes de ativos e geografias das carteiras médias dos produtos. Tal como nas análises anteriores, utilizaremos a já conhecida distribuição dos fundos pelos três perfis de risco. Os dados foram retirados da Morningstar Direct e são de dezembro de 2020.

Fonte dos dados: Mornigstar Direct.

Entre os três perfis de risco, podemos afirmar que aquele que sofreu menos alterações na alocação foi o dos fundos agressivos. De facto, se olharmos para o gráfico acima podemos perceber que as variações mensais não foram significativas.

Contudo, o ano não esteve isento de oscilações. No caso das ações, por exemplo, entre fevereiro e março, a exposição aumentou 3,60%. Em fevereiro, o peso desta classe de ativos era de 62,20%, porém, em março passou para 65,79%.

Nas obrigações, a maior variação mensal também se verificou na mesma altura, mas, como seria de esperar, num sentido contrário. Apesar de em fevereiro este segmento representar 27,71%, em março passou a ocupar apenas 25,57% das carteiras médias.

Ações

Fonte dos dados: Mornigstar Direct.

Olhando agora para as geografias, quer a Europa desenvolvida, quer a América do Norte, pareciam atrair o interesse dos gestores dos perfilados agressivos. Porém, à medida que o ano avançava, a brecha entre as duas regiões ia aumentando. A Europa desenvolvida foi ficando para trás. Apenas atingiu um pico de 23,03% em março. Contudo, a América do Norte chegou ao seu pico em agosto, com 29,32%.

No que concerne a região da Ásia desenvolvida, no último trimestre do ano verificou-se uma ligeira subida. Apesar de a média mensal até setembro não ir além de 1,54%, nos últimos três meses de 2020 fixou-se nos 2,53%.

Obrigações

Fonte dos dados: Mornigstar Direct.

Olhando agora para as obrigações, a subcategoria de secutiritizações manteve-se praticamente inalterada ao longo do ano.

Em contrapartida, a alocação a obrigações soberanas e corporativas, sofreu altos e baixos no primeiro semestre. Ora lideravam as obrigações soberanas, ora lideravam as obrigações corporativas. A partir do segundo semestre, as obrigações corporativas mantiveram-se à frente, sempre com um peso superior a 15%.

Fonte dos dados: Mornigstar Direct.

No caso da alocação geográfica das obrigações, a Europa desenvolvida, é a grande protagonista nas carteiras destes produtos. Em 2020, foi registado um máximo de 16,35% na alocação a esta zona. Não obstante, no mês seguinte verificou-se não só a maior queda mensal, como também o valor mais baixo do ano (13,85%).

Em contraste, neste segmento, a região menos popular é a Ásia desenvolvida, cuja média mensal não vai além dos 0,10%.