Com nomes a entrar e outros prestes a sair, a gestora espanhola está numa fase de transição depois da saída de Paramés. O foco agora é ampliar a equipa de gestão antes do final de 2014.
Há cerca de um mês atrás Francisco García Paramés punha fim à relação de mais de duas décadas com a Bestinver, impulsionado por um novo projecto profissional. Para substituir o lugar deixado pelo ex-diretor de investimentos, foi escolhido Beltrán Lastra, vindo da J.P. Morgan AM.
A Era Pós-Paramés instalava-se, e conduziu a Bestinver a um inevitável processo de “pôr ordem na casa”. Numa carta recente dirigida aos clientes era anunciado que por estes dias Ricardo Cañete iria entrar em funções, assumindo a responsabilidade de gerir a carteira ibérica, sendo que o anúncio oficial referente a Beltrán Lastra acontecerá durante a próxima semana.
Assinale-se que Ricardo Cañe foi desde 2010 diretor da área de ações na Mutuactivos, à qual se juntou em 2004. Nesta empresa foi responsável pela estratégia de investimento em diversos fundos. Como gestor de ações ocupou também funções no Popular Gestión.
Assegurar transição eficaz
Na mesma informação que agora a Bestinver divulga, é também referido qual o destino da restante equipa de Paramés: “Álvaro Guzmán e Fernando Bernard vão permanecer na Bestinver até ao final do ano para continuar com a transição ordenada das responsabilidades de gestão”, escrevem, referindo que os dois “estão a trabalhar para deixar as carteiras com a melhor relação qualidade/potencial, bem como com a liquidez mais adequada”.
A entidade assegura que, neste sentido, as carteiras se mantêm investidas em negócios sustentáveis, comprados a bons preços, o que implica uma margem de segurança ampla e um potencial de revalorização atrativo.
Cañete e Lastra, durante este período, contam com uma equipa de cinco analistas da Bestinver, que continuaram a realizar o seu trabalho de suporte da equipa de gestão. O objetivo da gestora, que já foi reconhecido em várias ocasiões, é que a equipa de gestão se amplie antes do final de 2014, já que pretendem estender a sua gama de produtos com veículos de ações internacionais e dívida corporativa.