Para eleger um bom fundo deve olhar-se tanto a rendibilidade como o risco, além das comissões. Isto é precisamente o que é tido em conta para o ‘rating’ atribuído pela Morningstar.
De forma a escolher um bom fundo, várias empresas de análise, entre as quais a Morningstar, têm vindo a insistir no facto de que é necessário ter muito claro qual é o objectivo e horizonte de investimento do produto. Uma vez definidos estes critérios e, portanto, a categoria de fundos que melhor se adapta a eles, resta saber exactamente que fundo subscrever.
A Morningstar reuniu, assim, facilitando a actividade de selecção de fundos, num ‘rating’ os três critérios principais para a eleição do melhor fundo: rendibilidade, risco e comissões (todas as que podem afectar o valor líquido do fundo como comissão de gestão, de depositário, subscrição/resgate). O ‘rating’ Morningstar expresso em estrelas, de uma a cinco, apresenta uma distribuição normal: 10% dos melhores fundos recebem cinco estrelas, 22,5% são classificados com quatro estrelas, 35% com três estrelas, 22,5% com duas estrelas e os 10% apenas com uma estrela.
Este ‘rating’ é exclusivamente quantitativo, baseando-se unicamente em cálculos de rendibilidade e risco passado e tem uma abrangência europeia. Os fundos, aos quais serão atribuídos estrelas, deverão ter pelo menos três anos de existência. Há, ainda, outros factores que podem condicionar a notação como alterações frequentes na política de investimento do produto ou carência de informação.
De acordo com a empresa de análise, no final de Junho, 154 fundos portugueses recebiam notação pela Morningstar. 12 tinham classificação cinco estrelas, sendo que 50% destes eram geridos pela ESAF. Com quatro estrelas existem 21 fundos portugueses enquanto com três estrelas, o número de fundos portugueses com essa atribuição de ‘rating’ atinge os 29. A grande parcela de fundos portugueses, 63, e respectiva notação Morningstar é de duas estrelas. O ‘rating’ mais baixo, uma estrela, é dado a 21 fundos nacionais.
Sublinha-se, ainda, que a empresa de análise já desenvolveu ‘ratings’ qualitativos, denominados por Morningstar ‘Analyst Rating’ e que apresentam uma escala de ‘under review’ até ‘gold’. À data apenas dois fundos geridos pela BPI Gestão de Activos e registados no Luxemburgo tinham esta notação: o BPI GIF Opportunities que recebeu um bronze e o BPI GIF High Income Bond que obteve um ‘neutral’.