Tendo reunido no dia 14 de maio, o Conselho da União Europeia apela aos Estados-Membros para que desenvolvam ou facilitem o desenvolvimento de programas de literacia financeira e de materiais didáticos, incluindo jogos de educação financeira.
Na passada terça-feira, dia 14 de maio, o Conselho da União Europeia reuniu-se, mais uma vez, para abordar o tema da literacia financeira. Nesta reunião foram recordados os resultados do Eurobarómetro de 2023 que revelou que os “níveis de literacia financeira na UE são baixos e diferem significativamente entre os Estados-Membros”, e que demonstram a urgência de tomar novas medidas para promover a literacia financeira na UE. Como já tínhamos visto, Portugal não foge a esta regra, tendo ficado em penúltimo lugar no que se refere ao score mais elevado do conhecimento financeiro e em 13º lugar entre 39 países no indicador global de literacia financeira do inquérito à literacia financeira dos adultos.
O Conselho da União Europeia reconhece que a literacia financeira é importante para “melhorar o bem-estar financeiro da UE, bem como a inclusão financeira”, observando também que as pessoas com literacia financeira “estão mais bem equipadas para se prepararem e investirem para o futuro”, promovendo, desta forma, uma maior participação dos investidores de retalho nos mercados de capitais, o que acaba por contribuir para uma maior estabilidade financeira.
Educação financeira nas escolas
Uma vez que considera a literacia financeira uma competência fundamental ao longo da vida, o Conselho da União Europeia acredita que a educação financeira deve começar desde muito cedo e continuar ao longo do ciclo de vida, incentivando todos os Estados-Membros a ponderarem a integração da educação financeira nos currículos escolares, “com o objetivo de abordar conceitos-chave e adquirir competências relevantes para a sua idade, preparando-os melhor para a vida futura”. Desta forma, apela aos Estados-Membros para que desenvolvam ou facilitem o desenvolvimento de “programas de literacia financeira tradicionais e digitais e de materiais didáticos para atividades curriculares e extracurriculares, incluindo jogos de educação financeira”.
No que diz respeito aos adultos, o Conselho da União Europeia pede aos Estados-Membros que abordem a questão dos baixos níveis de literacia financeira, “desenvolvendo estratégias inclusivas de literacia financeira”, com especial atenção para as necessidades dos grupos de adultos financeiramente menos instruídos ou vulneráveis. Incentiva também os Estados-Membros a darem resposta às necessidades das pessoas idosas que enfrentam um “elevado risco de isolamento social” e estão menos confortáveis com os serviços financeiros digitais, tornando-os particularmente vulneráveis a certos tipos de fraude e à exclusão financeira.