Consistência segue caminhos diferentes

Analisar os fundos que foram geridos de forma mais eficiente nos últimos tempos é conseguir encontrar aqueles que apresentam dados mais consistentes. A forma mais eficaz de fazer essa análise é através do índice Sharpe que nos diz qual foi a rendibilidade conseguida sobre o ativo sem risco por cada unidade de risco assumida. Em termos práticos, quanto maior é o Sharpe ratio mais eficiente foi a sua gestão.

Os dados da Morningstar, referentes ao mês de abril, mostram que nos últimos doze meses 207 produtos tinham estes dados sendo que no prazo mais alargado, 3 anos, apenas 193 fundos apresentavam resultados para o rácio de Sharpe.

Independentes ganham a três anos

Agrupando os valores das quase duas centenas de produtos, verificamos que as gestoras independentes apresentam resultados melhores que as entidades pertencentes a grupos bancários. A conjugação da Dunas Capital, com a MNF Gestão de Activos, a Optimize Investment Partners e ainda a Patris Gestão de Activos, apresenta um Sharpe médio de 1,03 contra os 1,01 das entidades que pertencem aos grupos bancários.

Das entidades independentes o melhor Sharpe médio vai para a Dunas Capital que apresenta uma valor próximo de 3. Já o melhor das não independentes foi a CA Gest com um Sharpe de 3,7.

...enquanto as gestoras dos grupos bancários ganham a doze meses

Já no prazo mais curto de análise, a doze meses, as entidades independentes apresentam um rácio Sharpe médio de 1,27 com a Patris Gestão de Activos à cabeça com 1,76. Já as não independentes apresentam um valor médio de 1,88 com a CA Gest a dominar com 4,20, seguida da Millennium Gestão de Activos com o Sharpe a chegar aos 2,86.

Gestoras nacionais e o respetive Sharpe médio

Análise Funds People realizada a partir dos dados disponibilizados pela Morningstar a 30 de abril