Deutsche Bank comunica os detalhes da OPV da DWS

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Ell Brown

Finalmente se conhecem os detalhes da qual provavelmente será uma das maiores OPV do ano na Alemanha. O Deutsche Bank tornou público ontem através de um comunicado que o intervalo de preços de ações da DWS (empresa que mudou o nome de Deutsche AM para DWS no início do ano) irá estar entre os 30 e os 36 euros por cada ação. Assim a empresa irá apresentar uma capitalização entre 6.000 e 7.200 milhões de euros para o seu braço de gestão de ativos.

O Deutsche Bank planeia vender uma participação de 25% da DWS, dispersando um conjunto de 40 milhões de ações na bolsa, com potencialmente 10 milhões de ações adicionais que serão divididos em 4,78 milhões (2,4% do capital) no caso da procura ser bastante forte, e 5,22 milhões de ações (2,6% do capital) que poderá colocar entre aqueles que queiram exercer a sua opção de subscrição. Assim, tendo como referência a parte superior do intervalo de preços, o banco alemão poderá contar com um máximo de 1,800 milhões de euros para a operação.

Neste momento, confirmou-se através de um comunicado o compromisso oficial da Nippon Life Insurance Company de adquirir uma participação de 5% na OPV, atuando como a acionista principal. Apesar das dúvidas que surgiram no que diz respeito ao momento de mercado escolhido para a estreia da DWS – ao prever-se um aumento progressivo da volatilidade, à medida que se acentua a normalização monetária e eventualmente se aproxime o fim do ciclo económico -  vários investidores importantes poderão estar interessados em participar na operação. De acordo com a publicação da Agência Reuters há alguns dias atrás, poderão estar entre os potenciais compradores vários fundos soberanos, entre os quais encontram-se os de Singapura e Arábia Saudita – o investidor multimilionário George Soros e até mesmo a concorrente no próprio negócio da gestão de ativos, BlackRock.

A entrada em bolsa da DWS está prevista para o próximo dia 23 de março. Será o culminar de um processo que se iniciou há um ano sob proposta de John Cyran, CEO do Deutsch Bank, e que faz parte da lista de tarefas pendentes do banco de forma a melhorar a sua estabilidade financeira, após atravessar por diversas dificuldades.