Dezembro “frio” para os fundos nacionais

Dezembro foi um mês de pouco vigor para os fundos de investimento nacionais. Em concreto para a bolsa nacional, o mês foi atribulado, depois de se conhecer o desfecho em relação à situação do Banif, que acabou por ser vendido ao Santander Totta.

Desta forma, poucos foram os fundos a conseguir uma performance superior a 1% no mês em análise, e poucos foram também os que conseguiram retornos positivos (21, como se pode ver na tabela abaixo).  

O grande destaque de dezembro vai para o Caixagest Infraestruturas, gerido pela Caixagest, que no mês alcançou um retorno de 1,62%. O produto, em 2015, por seu turno, também é um dos grandes destaques ao conseguir um retorno de 18,93%. A sua dimensão ascendia a 106,5 milhões de euros de ativos sob gestão no final de novembro. No relatório do produto referente ao primeiro semestre do ano, pode ler-se que tem existido uma melhoria de potencial em relação aos fundos de infraestruturas, já que “com a recuperação das economias globais nos últimos anos,  principalmente na América do Norte, foram criadas condições favoráveis para os gestores realizarem investimentos”.

No segundo posto desta análise muda-se radicalmente de “destino” de investimento, mas também de tipo de fundo. O Banif Acções Portugal, da Banif Gestão de Activos, alcançou no último mês de 2015 um retorno de 1,15%. Gerido por Miguel Moedas, segundo a ficha de produto online de novembro, nesse mês as cinco maiores posições individuais em carteira pertenciam à Altri, a Sonae SGPS, o BCP, a EDP Renováveis e a Portucel.

A Força da Caixagest

Para além do líder desta análise, a Caixagest consegue que mais alguns fundos sob a sua alçada estejam em destaque em dezembro, ocupando lugares cimeiros. É o caso do Caixagest Acções Portugal, o Caixagest PPA ou o Caixagest Rendimento Nacional.  O primeiro produto referido conseguiu ganhos de 1,03% no período. O fundo nas suas maiores posições, segundo a Morningstar, apresenta um futuro sobre o PSI 20, investimentos na Portucel, na EDP Renováveis, na Sonae SGPS e no Banco BPI. Os outros dois fundos, por seu turno, apresentam retornos abaixo de 1%. O Caixagest PPA, consegue um 0,90% de rentabilidade, enquanto o Caixagest Rendimento Nacional  alcança 0,57% de resultados no mês em análise.

PSI 20 caiu no mês, mas fundos de ações nacionais “agarraram-se”

Muito embora o principal índice bolsista nacional tenha resvalado no último mês de dezembro – com uma queda de 0,7% para os 5.313,17 pontos – os fundos que investem em nacionais fizeram fincapé nesta lista de “sobreviventes”, tendo já sido referidos alguns nomes nesse sentido. 

Nesta lista existem ainda outros nomes com um enfoque no mercado nacional que merecem referência. Conseguem retornos positivos nomes como o BPI Portugal, da BPI Gestão de Activos, que consegue em dezembro ganhos de 0,52%. O fundo, com mais de 31 milhões de euros de ativos sob gestão, apresentava, em novembro, nos principais títulos em carteira, investimentos noutro fundo da casa – o BPI Monetário Curto Prazo – na Sonae SGPS, NOS SGPS, EDP Renováveis ou BCP. Também da BPI GA, logo de seguida, figura outro fundo cujo investimento centra baterias na bolsa nacional. É ele o BPI Poupança Acções, que no período consegue um retorno de 0,51%. Seguem ainda, neste mesmo universo de análise, o NB Poupança Acções, da GNB Gestão de Activos, e o IMGA Acções Portugal, da IMGA.

Verifique na tabela abaixo os fundos nacionais com retorno positivo em dezembro: 

Fonte: Morningstar Direct, 31 de dezembro