A CMVM mostra que agosto foi um mês em que o valor aplicado em ações decresceu nos fundos nacionais, tendo sido a dívida pública estrangeira uma das aplicações mais valorizadas.
Continua o caminho de incremento dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários em Portugal. Os últimos dados da CMVM mostram que o mês de verão por excelência, agosto, trouxe aos OICVM nacionais um incremento de 89,5 milhões de euros, situando o volume gerido por estes produtos nos 11,551,3 milhões de euros. Nos organismos de investimento alternativo, por seu lado, o movimento foi o inverso, atesta o regulador. O montante gerido por estes produtos decresceu 1% para os 504,2 milhões de euros.
No investimento por tipo de ativos o grande destaque vai para o investimento protagonizado em dívida pública, nomeadamente ao nível da dívida pública estrangeira. O valor aplicado subiu 7%, para os 1.125,6 milhões de euros, passando a ter um peso nos portefólios que vai já além dos 9%. Na desagregação que a CMVM faz ao nível deste ativo em termos genéricos, é indicado um crescimento mensal de 13,6% ao nível da dívida italiana, sendo este o ativo de dívida com maior peso nas carteiras.
Evidente em agosto foi o decréscimo, quase em toda a linha, do valor aplicado em ações, num mês em que esta classe de ativos mostrou um comportamento negativo. Nas ações de emitentes nacionais o montante aplicado decresceu 1,6% face a julho, enquanto nas ações de emitentes estrangeiros o recuo se cifrou nos 1,3%.
Muito embora a Jerónimo Martins continue a ser a cotada nacional mais relevante dentro das carteiras dos fundos nacionais, a retalhista viu o seu valor decrescer 4,2% em termos mensais, valendo nas carteiras 14,9 milhões de euros. Por ordem de preponderância seguem-se o BCP, a Galp Energia e a Navigator Company.