Numa altura em que se sabe que o Estado português vai antecipar o reembolso do empréstimo ao FMI, analisamos os melhores fundos de ações nacionais durante a estadia da Troika em Portugal.
Ainda que a semana esteja a ser marcada a nível europeu pelo último anúncio do BCE, Portugal também recebeu uma notícia pela mão da Ministra das Finanças que talvez muitos não tivessem à espera: o início antecipado do reembolso de parte do empréstimo do Fundo Monetário Internacional.
"O Governo decidiu dirigir à Comissão Europeia um pedido de financiamento". Foi com estas palavras que a 6 de abril de 2011, José Sócrates “precipitou” uma situação que parecia inevitável: o pedido de ajuda externa de Portugal. Seguindo uma linha cronológica, pode dizer-se que o desfecho da intervenção da Troika acontecia três anos mais tarde, a 17 de maio de 2014, com a saída do país da Comissão Europeia, BCE e FMI. Durante esses três anos a história do mercado nacional teve altos e baixos, momentos extremos de volatilidade, crises políticas, etc.
Marcando precisamente no “calendário” de análise dos fundos de ações nacionais o período de tempo compreendido entre o dia 6 de abril de 2011 e 17 de maio de 2014, conclui-se, através de dados da Morningstar Direct, que a média de retorno destes produtos é durante o tempo de intervenção da Troika de 2,69%.
Num período em que o mercado de ações nacional também foi sofrendo ajustes e alterações e, inevitavelmente, foi refletindo a intervenção da Troika no país, o universo de sete fundos considerados na análise conseguiram quase na totalidade retornos positivos.
Acima de 3% de retorno, entre 6 de abril de 2011 e 17 de maio, aparecem no ranking 3 fundos de ações nacionais. O top é liderado pelo BPI Portugal, da BPI Gestão de Activos, gerido por Catarina Quaresma, que no período consegue 4,82% de retorno.
Muito próximo, surge o fundo da Santander Asset Management, Santander Acções Portugal. O produto a cargo de Diogo Pimentel, durante a estadia da Troika, conseguiu 4,59% de ganhos, enquanto o “residente” do terceiro posto, o Banif Acções Portugal, gerido por Nuno Marques e Jorge Guimarães, da Banif Gestão de Activos, apresentou uma rentabilidade de 3,99%.
Confira os restantes resultados:
Fonte: Dados da Morningstar Direct, com rentabilidade entre 06/04/2011 a 17/05/2014. Análise dos fundos incluídos na categoria APFIPP “Fundos de Acções Nacionais” , incluindo o produto Invest AR Médias Empresas Portugal.