Nesta quinta-feira, dia 14 de janeiro, o IGCP colocou quatro mil milhões de euros em dívida pública num leilão de Obrigações do Tesouro a dez anos. Nesta que foi a primeira colocação de 2016, a taxa conseguida foi de 2,973% numa procura que atingiu os 12 mil milhões de euros.
“A última vez que Portugal emitiu dívida a 10 anos foi a 25 de Novembro de 2015, a uma taxa de 2,42%. A taxa de hoje, sendo mais alta, não representa um salto muito significativo. Está em linha com a curva da dívida portuguesa: se olharmos para as taxas de 1, 2, 4, 5, 7 anos, os 2,973% para a dívida a dez anos faz todo o sentido. Não me parece que a esta subida corresponda um aumento do risco da dívida, porque nada mudou nesse aspecto. Além disso, esta emissão só vence em Julho de 2026, ou seja, é de 10 anos e 7 meses, o que também pode ter contribuido para a subida da taxa. Esta dívida emitida hoje passa a ser o nosso benchmark para os 10 anos, uma vez que não temos nenhuma emissão com esse prazo, neste momento,“ afirmou o director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva.