ETF mais subscritos de maio: temas de robótica e inteligência artificial presentes no Top

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Créditos: Clu Soh (Unsplash)

No mês de maio destacaram-se de forma relevante a aprovação do aumento do teto da dívida dos EUA próximo do prazo limite para evitar um incumprimento e o abrandamento económico da Europa e da China. Veremos a seguir se estes temas que marcaram o mês passado tiveram, ou não, influência nos ETF mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa.

Tal como no mês de abril, o Top dos ETF mais subscritos de maio do Banco Best é apenas constituído por ETF sobre índices de ações. A preferência pelos dois grandes espaços económicos, EUA e Europa, também se mantém.

Nos EUA, o destaque vai para o S&P 500, com os Vanguard S&P 500 UCITS ETF, SPDR® S&P 500 ETF Trust e iShares Core S&P 500 ETF, para além do Nasdaq com o Invesco QQQ Trust. Já a Europa aparece representada com “um índice mais enviesado para os países desenvolvidos, outro mais enviesado para empresas que cumprem critérios de sustentabilidade e outro que segue o Top das 50 maiores empresas”, afirma Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best.

Do ponto de vista setorial, verificou-se a procura pelos temas de robótica e inteligência artificial, com o Global X Robotics & Artificial Intelligence ETF, e “ainda sobre tema das empresas que operam no setor da exploração do ouro”, com o VanEck Gold Miners ETF.

João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, começa por afirmar que a Alemanha, quarta maior economia do mundo e a primeira da Europa, sinalizou uma recessão técnica pelo segundo semestre consecutivo, “contudo não a penalizou mais face aos restantes índices acionistas”. Sendo uma economia de forte pendor exportador, “esta evidencia os desafios da economia mundial perante uma menor globalização, quando se altera a geopolítica”, acrescenta. 

“Os Bancos Centrais não transitam ainda para dovish, estando atentos à evolução dos salários e às margens de resultados que se mantêm significativos”. Segundo o head of trading, a expectativa de uma suave recessão, apoiada nos juros elevados, na redução da oferta monetária e na queda das manufaturas, continua a não estar afastada do sentimento do mercado que ainda considera que a Fed possa reduzir juros no final do corrente ano.

Uma das regras dos mercados é que uma invertida curva de yields (composta por yields para cada prazo), indicia com razoável probabilidade de que uma recessão poderá ocorrer num intervalo de 12 meses. Esta inversão das curvas, que antecedeu cada uma das últimas oito recessões, tinha a probabilidade de ser uma das mais elevadas deste século. “Porém, o verificado apetite pelo risco não permitiu essa observação”.

Por último, o cenário de Melt Up dos mercados acionistas com a Volatilidade VIX a implodir para mínimos de dois anos parece continuar a dominar as estratégias mais correlacionados com tecnologias. Segundo João Queiroz, “a gradual e lenta entrada nas obrigações deverá manter-se. No entanto, outros portos de abrigo, como o ouro, podem não colher a mesma procura”, sendo mais privilegiadas as obrigações de longo-prazo como as maturidades superiores a sete anos, quando a curva de yields permanece invertida, sugerindo alguma incerteza e consequente cautela na trajetória da economia.

Os ETF mais subscritos no mês de maio

Banco BestBanco Carregosa
Vanguard S&P 500 UCITS ETF iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF
SPDR® S&P 500 ETF TrustiShares Automation & Robotics
Invesco QQQ TrustiShares Gold Producers UCITS ETF
iShares Core MSCI World UCITS ETFISHARES MSCI WORLD UCITS ETF
iShares Core S&P 500 ETFiShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF
Global X Robotics & Artificial Intelligence ETFXtrackers MSCI World Financials UCITS ETF
Vanguard FTSE Developed Europe UCITS ETFdb x-trackers MSCI China TRN I
VanEck Gold Miners ETFiShares US Property Yield UCIT
iShares MSCI Europe SRI UCITS ETFProShares Bitcoin Strategy ETF
iShares STOXX Europe 50 UCITS ETFSPDR S&P500 ETF Trust
Fonte: Informação fornecida pelas entidades