ETF mais subscritos de novembro: ouro, tecnologia e índices de ações presentes nos rankings

Depois de termos visto os fundos mais subscritos do mês de novembro, chegou a altura de olharmos para os ETF mais subscritos desse mesmo mês do Banco Carregosa e do Banco Best. 

O mês de novembro pode ter representado o mês de viragem após três meses de perdas consecutivas entre agosto e outubro, “quando o mercado cristalizou a perceção de que os bancos centrais já não possuem mais argumentos para continuarem a subir juros”, com os dados da atividade económica e empresarial a mostrarem abrandamento, sendo, segundo João Queiroz, head of trading, mais evidentes “os sinais de desinflação, a par do abrandamento da despesa em consumo e a diferente robustez do mercado laboral”.

Ainda segundo o profissional, “as obrigações reagiram de forma mais positiva com muitas estratégias curtas/vendidas a observarem fechos, auxiliando e ampliando as estratégias fundamentais de adquirir exposição à dívida e crédito quando se termina um ciclo de subidas de juros”. 

Por sua vez, os dados económicos dos EUA estiveram, na sua maioria, alinhados com as expetativas. “A redução das taxas de juros é debatida entre os investidores, sendo observada como positiva para as ações. Todavia, historicamente após os primeiros cortes de juros as ações tendem a desvalorizar”, afirma João Queiroz. 

Na Alemanha, a inflação ajustou-se “abaixo das expetativas quando os preços do crude e gás natural mostram-se vulneráveis”. Os metais preciosos voltaram a sugerir “ímpeto comprador”, sobretudo, estimulado pelos bancos centrais. A Bitcoin, que surge no ranking do Banco Carregosa com o ProShares Bitcoin Strategy ETF, valorizou-se mostrando resiliência contra previsões de queda.

“O mercado parece privilegiar uma alocação neutral para positiva em 2024, destacando diversificação, quando os ETF de obrigações de longo prazo reagem positivamente às expetativas de possível final das subidas de juros”, afirma João Queiroz. As Sete Magníficas apresentaram “ganhos excecionais” superando os índices generalistas, com o tema da Inteligência Artificial a liderar os ganhos suportado na “necessidade de aceleradores de maior capacidade e velocidade dedicada”.

No Top 10 dos ETF mais subscritos do Banco Carregosa encontram-se, para além do tema das bitcoin, o tema do ouro, das energias limpas, entre outros. 

Quanto ao Top 10 do Banco Best, vemos algum domínio dos índices de ações, mas existem, ainda assim, três ETF sobre índices de obrigações e dois sobre commodities. Olhando para as obrigações, a preferência foi para as Treasury americanas com prazos três a sete anos e 20 ou mais anos, com os iShares $ Treasury Bond 3-7yr UCITS ETF, iShares $ Treasury Bond 20+yr UCITS ETF e iShares 20+ Year Treasury Bond ETF.

Nas commodities, “registámos procura pelo ouro e prata, eventualmente na busca por ativos de refúgio em tempos um pouco mais incertos”, afirma Rui Castro Pacheco, diretor de Investimentos do Banco Best. Os ETF escolhidos foram os Xtrackers Physical Gold EUR Hedged ETC e o Xtrackers IE Physical Silver EUR Hedged ETC 4.

Nos índices de ações, vemos um índice global e generalista, o MSCI World, com o iShares Core MSCI World UCITS ETF. É ainda possível verificar a preferência pelo S&P americano, com os Vanguard S&P 500 UCITS ETF e SPDR® S&P 500 ETF Trust.

Por fim, “destaque para uma geografia, a Suécia, e um tema, espaço e defesa, com os iShares MSCI Sweden ETF e SPDR® S&P Aerospace & Defense ETF, respetivamente”, conclui Rui Castro Pacheco.

Tal como no mês de outubro, a maioria dos ETF presentes nos Top 10 de ambas as entidades pertencem à iShares. A entidade coloca 11 ETF no conjunto dos dois rankings. 

ETF mais subscritos no mês de novembro