ETF mais subscritos em janeiro: obrigações, a importância da diversificação e da proteção cambial

Nos ETF mais subscritos do mês de dezembro do Banco Best e do Banco Carregosa, o ouro e o setor da tecnologia encontraram-se novamente em destaque, depois de um mês de novembro em que também se encontravam muito presentes nos Top 10 das duas entidades. Analisamos em seguida as tendências verificadas no primeiro mês de 2024. 

Nos mais subscritos do Banco Best, os títulos de dívida pública dos EUA, com três ETF no Top 10, dominam o pódio. Em terceiro lugar, “a preferência vai para o setor tecnológico, nomeadamente para a indústria de semicondutores”, afirma Rui Castro Pacheco, diretor de Investimentos da entidade. 

Olhando para as obrigações, a preferência recaiu sobre um índice diversificado sobre obrigações americanas, o tesouro americano com cobertura para o euro, o investimento em obrigações do índice de Strips, com o Vanguard Intermediate-Term Bond ETF, iShares USD Treasury Bond 20+yr UCITS ETF e o iShares 25+ Year Treasury STRIPS Bond ETF, respetivamente. 

Nos índices de ações, destaque para o Nasdaq-100, com as alternativas WisdomTree Nasdaq100 Daily (3x) daily Leveraged, e o ProShares UltraPro QQQ ETF - ambos instrumentos com componente de alavancagem.

Por último, destaque ainda para a indústria dos semicondutores, com o ETF Direxion Daily Semiconductor Bull 3X Shares, e o Direxion Daily Semiconductor Bear 3X Shares, “a refletir um setor com uma performance muito positiva no ano, mesmo após os fortes ganhos de 2023”, afirma o profissional.

Por sua vez, João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, começa por afirmar que, em janeiro, “o cenário económico-financeiro global foi positivo para a maioria dos mercados acionistas” o que se refletiu na atividade de investimento em ETF.

O ETF em primeiro lugar no ranking, o iShares MSCI World UCITS ETF, observou um estável desempenho beneficiando-se da recuperação económica global. A diversificação geográfica ajudou a mitigar os riscos associados a volatilidades específicas de países. Segue-se outro ETF da iShares, o iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF, que continua a constituir uma seleção prudente para os investidores europeus que necessitam de exposição global sem risco cambial. 

A fechar o Top 3 desta entidade está o Source S&P 500 EUR Hedged. “Com a economia dos EUA a evidenciar sinais de fortalecimento, este ETF atraiu investidores que procuravam exposição às maiores empresas americanas, mas com a segurança adicional da cobertura cambial contra o euro, protegendo-os de qualquer desvalorização desta moeda face ao dólar”, explica o profissional.

Resumidamente, afirma João Queiroz, poderemos considerar que janeiro foi um mês “em que se destacou a importância da diversificação, da proteção cambial e da procura por alguma segurança” num ecossistema de recuperação económica global perante a perspetiva de se aproximar um novo ciclo de reduções de juros pelos bancos centrais.

ETF mais subscritos no mês de janeiro