Exposição de fundos e carteiras de investimento nacionais aos países envolvidos no conflito entre Rússia e Ucrânia é "pouco relevante"

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Créditos: Max Kukurudziak (Unsplash)

A CMVM também tem monitorizado a exposição da gestão de ativos nacional ao conflito que assola a Europa, e lançou por isso um alerta ao mercado sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. "A exposição do mercado e dos investidores nacionais a entidades e ativos mais afetados pelo conflito é reduzida, e a generalidade dos mercados internacionais relevantes para Portugal, ainda que registando níveis de volatilidade mais elevados, continua a funcionar com normalidade", começa por referir a CMVM no seu website.

Usando palavras como "prudência" e "vigilância", o regulador deixou algumas recomendações. Concretamente, ao nível das decisões de investimento, a CMVM recomenda "considerar o aumento de risco cibernético, e ter presente princípios de ponderação em contextos de mercado com maior volatilidade, nomeadamente, evitando decisões impulsivas ou decisões precipitadas".

Fundos e carteiras nacionais: exposição pouco relevante

Na monitorização feita ao mercado, a CMVM conta que já olhou para a área de gestão de ativos, e para a exposição aos países envolvidos no conflito. O regulador "avaliou o grau de exposição direta dos fundos de investimento e carteiras individuais sob gestão aos países envolvidos no conflito, bem como a exposição indireta por via da detenção de participações em fundos estrangeiros, nomeadamente, de mercados emergentes". Como já referido, concluíram que "a exposição identificada é, no geral, pouco relevante".

Contudo, notam que foi solicitado às sociedades gestoras "a prestação de informação imediata sobre quaisquer alterações relevantes e o reforço no exercício das funções de gestão de riscos".

Subscrição de fundos estrangeiros

Na mesma informação, a CMVM refere-se ainda à comercialização de fundos estrangeiros em Portugal e de PRIIPs. "Verificou-se o nível de subscrição por investidores de retalho de produtos com exposição, direta ou indireta, aos mercados envolvidos no conflito, designadamente, de fundos estrangeiros de mercados emergentes, e concluiu-se que a exposição, quer a nível global, quer a nível individual não tem, no geral, expressão", apontam.

Leia todas as recomendações da CMVM sobre o conflito Rússia-Ucrânia na sua página web.