Famílias portuguesas lideram subscrição de fundos em terreno nacional

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Créditos: Natalya Zaritskaya (Unsplash)

Num estudo publicado pela EFAMA, o Fact Book 2022, é divulgada a desagregação do investimento em fundos na Europa por tipologia de subscritor. Há muito reportamos os principais fundos subscritos, tanto nacionais como internacionais, mas quem são os responsáveis por estas subscrições? Podemos dividir os subscritores em três categorias. De um lado temos as seguradoras e os fundos de pensões, do outro temos as famílias (também conhecidas como retalho) e, por fim, temos os outros intermediários financeiros (como por exemplo, os fundos de fundos). Nestas três categorias, concentra-se 90% dos titulares de fundos em território europeu.

Foquemos, primeiramente, no panorama europeu.

Após 2017 podemos observar dois períodos bianuais distintos. Em 2017 e 2018 os principais subscritores de fundos na Europa foram as seguradoras e os fundos de pensões, com mais de 297 mil milhões de euros subscritos. “A instabilidade económica e a volatilidade presentes nos mercados assustou os investidores de retalho”, refere o estudo.

No entanto, em 2020 e 2021 as famílias europeias recuperaram a confiança e apresentam-se como líderes na subscrição deste tipo de produto. Estes, inclusive, registaram o recorde de subscrições em 2021, com 245 mil milhões de euros.

Em Portugal quem subscreveu em 2021 foram as famílias

Ainda neste estudo, a entidade que agrega as associações de fundos e gestão de ativos dos vários países, elabora uma tabela onde apresenta a subscrição líquida de fundos de investimento por país, em 2021.

Fonte: EFAMA, Fact Book 2022

Portugal segue a tendência do mercado europeu e apresenta as famílias como maior grupo subscritor em 2021. Este foi responsável por mais de 5 mil milhões de euros em subscrições, o equivalente a quase 50% do total nacional. Como esperado, em segundo lugar aparecem as seguradoras e fundos de pensões e em terceiro os outros intermediários financeiros, com 3 e 2 mil milhões de euros respetivamente.

Fonte: EFAMA, Fact book 2022

Em termos de volume total investido, no final de 2021, as famílias dominavam 40% do investimento em fundos em Portugal, o equivalente a cerca de 30 mil milhões de euros. Este valor é superior à soma das outras duas categorias, seguradoras e fundos de pensões e outros intermediários financeiros, que no total somam 29 mil milhões de euros.