O GNB Dinâmico, da GNB GA, foi o fundo de multiativos agressivo nacional mais rentável de 2024. Fátima Só, gestora do fundo, explica os fatores que levaram à boa performance da estratégia.
O GNB Dinâmico, da GNB Gestão de Ativos, foi o fundo de multiativos agressivo nacional mais rentável de 2024. Este fundo, a cargo de Fátima Só, conseguiu um retorno de 16,48% no ano passado, o que o catapultou diretamente para o primeiro lugar da tabela da sua categoria. A FundsPeople falou com a gestora que nos contou o que levou a esta performance em 2024.
1. Quais as principais características diferenciadoras do fundo que o levaram a ser o mais rentável na sua categoria?
O fundo GNB Dinâmico beneficiou de uma maior exposição a ações, quase sempre acima dos 75% do património, com preferência por ações americanas. Foi igualmente favorável a valorização da moeda dólar e a exposição ao mercado acionista japonês.
2. Que fatores e estratégias de investimento foram determinantes para a rentabilidade do último ano?
Foi determinante o investimento em ações do setor tecnológico nos EUA, nomeadamente em empresas expostas ao tema da inteligência artificial, quer no segmento de semicondutores, quer no subsetor de software. As empresas de comunicações e entretenimento tiveram igualmente um bom comportamento. No setor de consumo, o fundo beneficiou da exposição a empresas de turismo americanas. Na indústria, algumas empresas expostas ao tema da eficiência energética em edifícios destacaram-se pela positiva. Na saúde, o fundo também beneficiou de um comportamento favorável de empresas expostas ao tema da obesidade e de empresas de equipamento cirúrgico.
3. Houve algum evento ou decisão específica ao longo do ano que tenha tido um impacto mais significativo no desempenho?
Não ter reduzido a exposição a ações no início de agosto, quando os principais índices sofreram quedas significativas após a subida de taxa de juro pelo banco central do Japão e a divulgação de dados económicos mais fracos nos EUA. Foi fundamental manter o foco nos investimentos de longo prazo e nas temáticas e empresas onde existe uma maior visibilidade.
4. Concretamente, de que forma é que o contexto macroeconómico e o comportamento dos mercados influenciaram as decisões e, consequentemente, a performance do fundo?
A evolução da política monetária nos EUA e na Europa foi fundamental para o comportamento das taxas de juro, mas com volatilidade ao longo do ano. Deste modo, a exposição a dívida governamental foi reduzida em 2024, privilegiando o investimento em ações sobretudo nos EUA, onde foi possível assistir a revisões em alta do crescimento económico e dos resultados empresariais.
5. Que mudanças ou ajustes estratégicos estão previstos para manter ou melhorar o nível de rentabilidade?
As mudanças no portefólio de ações serão sempre ajustadas a uma abordagem temática e com uma visão de investimento de longo prazo, mas em termos geográficos poderá fazer sentido reforçar o investimento em ações europeias devido ao potencial de surpresa face às baixas expetativas de crescimento para o continente europeu.