O setor da tecnologia continua a expandir-se, e é hoje uma componente essencial de todos os outros setores, fornecendo a infraestrutura básica da qual dependem os consumidores, as empresas e os governos. É com base nesta ideia que Hyun Ho Sohn, da Fidelity International, descreve o FF Global Technology Fund à FundsPeople.
A estratégia, que este ano conta com Rating FundsPeople+, investe em beneficiários da IA subvalorizados, como fabricantes de semicondutores e certas empresas especializadas em gestão de dados empresariais. "Além da Inteligência Artificial, investe em oportunidades em que a procura está em linha, ou abaixo da tendência a longo prazo, ou a falta de procura tem um bom preço, mas também em ações subvalorizadas, ações com potencial de fusões e aquisições, e no setor de tecnologia chinês", explica.
O fundo
Como descreve Ho Sohn, o fundo é construído título a título com base nas suas convicções, e utiliza ideias de investimento geradas pela equipa de investigação global da Fidelity através de uma abordagem disciplinada e baseada em valorizações para identificar ações em toda a cadeia de valor no setor tecnológico, distinguindo-se assim de muitos outros investidores. "Os investimentos têm diferentes fatores de desempenho e caraterísticas de risco pertencentes a três categorias diferentes - crescimento, ciclos e situações especiais - que resultam numa carteira única de core-growth no segmento alvo", explica.
A visão adotada é de 360° sobre o setor tecnológico, e avaliam os fundamentais de empresas individuais, bem como a rentabilidade das tecnologias de base em diferentes setores, além do sentimento e das avaliações de mercado a longo prazo, com uma apreciação das tendências dos subsetores. A gestora centra-se em empresas sólidas, mas subvalorizadas, com potencial a longo prazo, em vez de procurar setores de mercado mais evidentes. "Como resultado, o fundo tem um enviesamento anti-momentum e uma orientação para empresas de média e pequena capitalização, um fator que provou ser o principal impulsionador do alfa ao longo do tempo", comenta o gestor.
Movimento do mercado e update do fundo
O fundo (A-EUR, líquido de comissões) registou um retorno de 39,3%, mas teve um desempenho inferior ao do índice de referência, que obteve um retorno de 45,9% em 2023. "A falta de exposição à NVIDIA e a empresas de grande capitalização relacionadas, cujos preços subiram na sequência do entusiasmo em torno da IA generativa, justifica o fraco desempenho. A debilidade das ações de serviços de pagamento também prejudicou os retornos. Em contrapartida, o sólido desempenho de nomes de elevada convicção em vários subsetores contribuiu positivamente para os retornos", conclui o especialista.
