2015 tem sido positivo para a performance dos fundos de investimento. E para os fundos flexíveis? Confira os resultados.
“Fundos que não assumem qualquer compromisso quanto à composição do património nos respectivos documentos constitutivos”. Assim são os fundos flexíveis que no dia 20 de fevereiro eram 16 no mercado nacional, segundo a contagem e classificação por parte da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP).
Desses, existem dois produtos que conseguem ter uma rendibilidade superior a 6% nas sete semanas analisadas de 2015. A liderar a tabela figura o Montepio Mercados Emergentes, seguido do NB Plano Dinâmico da GNB Gestão de Activos. O fundo gerido pela Montepio Gestão de Activos atingiu uma rendibilidade de 6,38% e fechou o mês de janeiro com perto de 1,5 milhões de euros em património. Nessa mesma data a carteira, nas suas posições principais, era composta por dívida pública brasileira, seguida de divida corporativa de cotadas de países tão diferentes como a Índia, Coreia do Sul, China ou Portugal.
Já o produto da GNB Gestão de Activos teve um desempenho de 6,06% em 2015 até dia 20 de fevereiro. O seu património atinge mais de 135 milhões de euros e a sua carteira é composta por outros fundos de investimento e títulos de dívida pública, além de alguns futuros que incidem sobre os principais índices bolsistas mundiais.
Os cinco fundos seguintes apresentam todos rendibilidades acima de 3%. O último lugar do pódio é, assim, ocupado pelo Banif Ibéria. Este fundo da Banif Gestão de Activos já cresceu em 2015 mais de 3,6% e tinha, no final de janeiro, mais de 12,5 milhões de euros em ativos sob gestão. O fundo incide na Península Ibérica e as posições maioritárias são preenchidas pela Repsol, Inditex e Galp Energia.
O CA Flexível, o Banif Investimento Moderado, o NB Plano Crescimento e ainda o BPI Global fecham o lote dos produtos que conseguem ultrapassar a barreira dos 3%, em 2015, de rendibilidade. O fundo gerido pela CA Gest tem, na sua carteira, maioritariamente títulos de dívida, seja soberana ou corporativa, com destaque para países como Espanha e Itália.
Já o fundo da Banif Gestão de Activos “prefere” ter em carteira outros fundos da casa ou de gestoras internacionais, além de títulos de dívida pública nacional. Esta mesma lógica é seguida pelo fundo da GNB Gestão de Activos e pelo da BPI Gestão de Activos, apesar de ambos terem posições diferentes e títulos de dívida de outros países.
Os fundos flexíveis em 2015
Fundo |
Gestora |
Rendibilidae 2015 (%) |
F.I.M. Montepio Mercados Emergentes |
Montepio GA |
6,38 |
F.I.M. NB Plano Dinâmico |
GNB GA |
6,06 |
F.I.M. Banif Ibéria |
Banif GA |
3,63 |
F.I.M. CA Flexível |
CA Gest |
3,58 |
F.I.M. Banif Investimento Moderado |
Banif GA |
3,57 |
F.I.M. NB Plano Crescimento |
GNB GA |
3,32 |
F.I.M. BPI Global |
BPI GA |
3,30 |
F.I.M. Banif Investimento Conservador |
Banif GA |
2,53 |
F.I.M. NB Estratégia Ativa |
GNB GA |
2,10 |
F.I.M. NB Plano Prudente |
GNB GA |
2,09 |
F.I.M. BBVA Gestão Flexível |
BBVA AM |
2,05 |
F.I.M. NB Estratégia Ativa II |
GNB GA |
1,83 |
F.I.M. Santander Global |
Santander AM |
1,26 |
F.I.M. BBVA Multiactivo Flexível |
BBVA AM |
1,06 |
F.I.M. NB Brasil |
GNB GA |
-0,97 |
F.I.M. BPI Brasil |
BPI GA |
-1,08 |
Fonte: APFIPP a 20 de fevereiro