Fluxos nos fundos de mercados emergentes recuperam em maio

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matey_88 ( OFF ), Flickr, Creative Commons

Segundo os últimos dados referentes aos fluxos de fundos da Morningstar, os produtos mais virados para o longo prazo continuaram a atrair investidores em maio, enquanto os fundos de mercados emergentes tiveram um ressurgimento nas suas captações.

Mais especificamente em relação aos fundos de longo o prazo, a empresa de análise demonstra que este universo de fundos captou entradas líquidas de 30.400 milhões e euros no mês de maio, dos quais 14.130 milhões foram para os fundos de obrigações, o que configura a maior captação por classe de ativo.

O ressurgimento dos mercados emergentes, por outro lado, traduziu-se na entrada de 2.870 milhões de euros, em fundos de obrigações emergentes no mês de maio. Os fundos de ações emergentes globais, por outro lado, tiveram o terceiro mês de subscrições líquidas positivas.

Fundos de ações: zona de conforto

Noutras conclusões do relatório da Morningstar destaca-se ainda que os fluxos nos fundos de ações se reduziram face ao mês de abril, continuando, ainda assim, numa zona de conforto, já que captaram 1.640 milhões de euros líquidos no mês em questão.

No que diz respeito à captação de fluxos por gestora, a BlackRock liderou as entradas em maio, recebendo ativos no valor de 2.000 milhões de euros. A Pioneer Investments, JP Morgan, UBS, M&G, Allianz Global Investors, Nordea, Goldman Sachs, e a DNCA Finance registaram fluxos positivos.

Javier Sáenz de Cenzano, diretor de análise da Morningstar Iberia & Italia, refere que “à margem do dinamismo dos mercados de ações e do aumento da complacência dos investidores de obrigações corporativas, os fundos continuaram a atrair investidores em maio”. Acrescenta também que “a procura dos investidores por fundos de obrigações flexíveis e alternativos Long/Short, sugere que se estão a preparar para o aumento das taxas de juro nos EUA e, possivelmente, no Reino Unido”.