Banco de Portugal mostra a pujança dos fundos de investimento em 2021: unidades de participação cresceram impulsionadas pelas transações, mas também pela valorização de preços e volume.
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Mais um marco importante para a indústria de gestão de ativos. O Banco de Portugal reportou que no final de dezembro de 2021, os fundos de investimento1 tinham emitido 35 mil milhões de euros de unidades de participação, um máximo que não se via há algum tempo. Este é assinalado como "o valor mais elevado desde janeiro de 2008".
Transações e variações de preço positivos
A instituição reporta que "o crescimento observado em 2021 foi maioritariamente explicado por transações positivas". Ou seja, pelo facto de o "montante de unidades de participação emitidas ter superado em 4,6 mil milhões de euros o montante amortizado". Por outro lado, referem também que "as outras variações de volume e preço também foram positivas". Esse fator refletiu sobretudo "valorizações na carteira de ativos dos fundos de investimento, o que resultou num aumento do valor das unidades de participação emitidas".
Todas as tipologias valorizaram
Por tipologia de fundo, há também informações a destacar. O Banco de Portugal revela que em 2021 os fundos de obrigações, os fundos mistos e os fundos de ações foram os que mais unidades de participação emitiram. No caso, 1,7 mil milhões de euros, 1,5 mil milhões de euros e 1,2 mil milhões de euros, respetivamente.
Os fundos imobiliários, por sua vez, registaram mais amortizações do que emissões de unidades de participação (-0,3 mil milhões de euros). Em 2021, todos os tipos de fundos apresentaram valorizações. No entanto, as mais expressivas ocorreram nos fundos de ações, cujas unidades de participação valorizaram 0,7 mil milhões de euros, escrevem. Os fundos de ações foram, de facto, os que mais se destacaram em termos de resultados em 2021.
Mantém-se reforço dos particulares
Como vem acontecendo desde 2019, os investidores particulares mantiveram o seu reforço de investimento em unidades de participação. Os dados mostram então que no final de 2021 detinham 54% do total de unidades de participação emitidas. São assim mais 5 mil milhões de euros de unidades de participação do que no final de 2020.
Finalmente, uma nota sobre a composição dos fundos. O Banco de Portugal salienta um aumento de investimento em títulos de capital e em títulos de dívida nos montantes de 3,2 e 0,9 mil milhões de euros, respetivamente. Contrariamente, o investimento em ativos não financeiros reduziu-se 0,4 mil milhões de euros em 2021.
1Para estas estatísticas, são considerados os fundos imobiliários e os fundos mobiliários, que incluem fundos de ações, de obrigações, fundos mistos e outros fundos.