Fundos de investimento aumentam peso nas carteiras dos fundos de pensões

cores lápis diversidade noticia
Créditos: Sharon McCutcheon (Unsplash)

Os dados referentes ao segundo semestre de 2022 do mais recente relatório de evolução da atividade dos fundos de pensões divulgados pela ASF demonstram que os ativos geridos caíram em junho de 2022 face ao mesmo período no ano anterior. Mais precisamente, o montante sob gestão dos fundos de pensões, abertos e fechados, consolidaram a tendência de decréscimo em 2022 e fecharam junho de 2022 com um total de 21,8 mil milhões de euros. Este valor corresponde a um decréscimo de 9,5% face a dezembro de 2021 e um decréscimo de 7,4% face a junho de 2021. "Excluindo o efeito de 9,3% decorrente das perdas financeiras geradas pelos fundos de pensões, conclui-se que o saldo líquido entre o montante das entradas (contribuições) e das saídas (pensões e outros pagamentos de benefícios) correspondeu a -0,2%", refere a ASF.

Montantes geridos dos fundos de pensões

Desde o início do ano, o montante sob gestão em fundos de pensões abertos decresceu 5,2% e nos fundos de pensões fechados 10,3%.

Entre as várias tipologias de fundos abertos, nenhum aumentou os montantes sob gestão desde o início do ano. Contudo, face a junho do ano anterior, os fundos abertos aumentaram os ativos sob gestão, com destaque para os fundos abertos PPR.

No que diz respeito à estrutura das carteiras, vemos que esta não se alterou significativamente no último ano. Destaca-se, no entanto, a diminuição do peso das obrigações, estabilidade do peso das ações, e aumento do peso dos fundos de investimento e imóveis.

Assim, em junho de 2022, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (47%), seguindo-se os fundos de investimento (37%). Já os imóveis (8%), depósitos bancários (4%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso.

Composição das carteiras de investimento dos fundos de pensões