Fundos de obrigações captaram menos do que o resto das classes de fundos no período, mas ainda assim há produtos que se destacam.
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Os fundos de entidades nacionais, registados em Portugal ou no Luxemburgo, que operam no mercado obrigacionista registaram um aumento de quase 250 milhões de euros nos últimos três anos. Este aumento é muito reduzido quando comparado com as restantes classes de ativos.
É verdade que os últimos três anos foram um período conturbado para o rendimento fixo. Com a pandemia assistimos a uma fuga desta classe, que apresentou uma volatilidade muito acima do habitual. A intervenção dos bancos centrais, o cenário de taxas de juro negativas e o retorno atrativo de outras classes são alguns dos argumentos que justificam o movimento do segmento obrigacionista.
Vemos agora as entidades e segmentos que, ainda assim, mais dinheiro capturaram.
Top 10 fundos de obrigações que mais captaram nos últimos 3 anos
Fonte: Morningstar Direct. Dados à data de maio de 2022, em euros.
A gestora que mais se destacou, dentro deste segmento, foi a IMGA. A gestora portuguesa conseguiu arrecadar mais de mil milhões de euros nos últimos três anos. Com fundos como o IMGA Liquidez, o IMGA Rendimento Semestral, o IMGA Euro Taxa Variável e o IMGA Rendimento Mais a gestora destaca-se das demais.
Por fim, destaca-se também a GNB Gestão de Ativos. Esta conseguiu acumular aproximadamente 230 milhões de euros.
Segmentos obrigacionistas
Vemos agora quais os segmentos preferidos dos portugueses. Existe uma clara atração para fundos que operam no mercado de obrigações de curta duração. Estes representam 73,5% do total do dinheiro captado pelo Top 10 apresentado. Mais uma vez, este movimento pode ser explicado pelas condições adversas para esta classe de ativos.
A nível geográfico, apenas três dos dez fundos apresentados operam no mercado mundial, com os restantes sete a focarem-se apenas na Zona Euro.
Por fim, destaca-se que todos os fundos utilizam o euro como moeda de referência.