Fundos de pensões do Banco de Portugal têm exposição predominante a activos da Zona Euro

No fundo de benefício definido (FPBD), a exposição a activos "da área do euro é predominante, dado o objectivo de cobertura de riscos inerentes às responsabilidades assumidas (totalmente dominadas em euros), referiu fonte oficial do banco central à Funds People Portugal. No fundo de pensões de contribuição definida (FPCD), "o objectivo de preservação do poder de compra de uma população inserida na Zona Euro conduz igualmente a uma exposição predominante a activos desta zona".

Em ambos os casos, salienta, "procura-se diversificar por emitentes da área, atendendo, entre outros factores, a uma preferência por emissões indexadas à inflação, às especificidades da dívida de cada país e às capitalizações de mercado".

Quanto à alocação, os fundos, incluindo mobiliários e imobiliários, "representam tipicamente entre 15% e 20%" da carteira  do FPBD, enquanto no FPCD "a exposição a fundos restringe-se a fundos mobiliários, sendo, por conseguinte, inferior".

A exposição a acções é feita sobretudo através de 'exchange traded funds' (ETF), que "constituem uma forma eficaz de eliminar ou reduzir significativamente o risco específico e o risco gestor". E é "tipicamente inferior à exposição média do mercado de fundos de pensões e ajustada em função das expectativas para o seu prémio de risco face às obrigações", acrescenta a mesma fonte.

A gestão dos fundos de pensões, salienta, "é assumidamente conservadora, atribuindo elevada ponderação ao objectivo de mitigação do risco". No caso do fundo de benefício definido, o principal risco a mitigar é o de "redução de nível de financiamento", enquanto no de contribuição definida "pretende-se limitar o risco de perda de poder de compra dos participantes na data expectável de exigibilidade dos fundos".

O FPBD tinha um património de 1.255,1 milhões de euros , a 31 de Dezembro de 2011, enquanto o do FPCD totalizava cerca de 5,1 milhões.