Fundos de pensões nacionais aumentaram exposição a investimentos alternativos

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~Helen Cat , Flickr, Creative Commons

9% do PIB: era quanto os ativos dos fundos de pensões nacioanis “pesavam” no Produto Interno Bruto português no final de 2014, segundo os dados revelados recentemente pela consultora PwC no documento intitulado “Beyond their Borders - evolution of foreign investment by pension funds”. No relatório que a entidade redige, indicam que a proporção dos ativos relativos às pensões em relação ao PIB nacional “tem vindo a cair nos últimos anos, com os ativos a crescerem muito mais rápido do que o PIB de 2009 a 2014, com uma taxa de crescimento anual composta de -6,4%, que compara com os -0,3% do crescimento do PIB no mesmo período”. Da consultora não esquecem que foram duas as medidas tomadas pelo Estado de forma a tornar o sistema de pensões mais sustentável: cortar nas pensões do Estado e aumentar a idade da reforma.

Concentração do mercado assinalada

Num mercado que apelidam de “pouco desenvolvido”, assinalam os 16,9 mil milhões de euros de ativos sob gestão no final do ano passado, e fazem referência a um mercado “extremamente concentrado”, com as três  maiores gestoras a terem na sua posse mais de 60% dos ativos.

No final de 2014, segundo as contas da entidade, 85% dos esquemas de pensões eram de benefício definido. “Este número tem vindo a decrescer ligeiramente devido à reforma do sistema de pensões, que encoraja a que as poupanças sejam feitas por via de sistemas de pensões privados”, assinalam a este respeito.

Indústria pequena, mas que diversifica

Apesar de tudo, a PwC assinala no estudo que a alocação de ativos dos fundos de pensões no final do ano passado “demonstra um sonante grau de diversificação” (ver tabela abaixo).  No término de 2014 20% do total de ativos estavam alocados a ações, 44% a obrigações, 12% a produtos do mercado monetário e os restantes 24% a investimentos alternativos, que na sua maioria se referem a imobiliário.

Nos cinco anos decorridos desde 2009 nota-se justamente um incremento significativo no investimento em investimentos alternativos, nomeadamente de 16% para os 24% de final de 2014.  Já o investimento que os produtos efetuam em ações, totaliza o equivalente a 5% do total da capitalização de mercado das empresas domésticas listadas.