As contas da Mercer mostram que a componente acionista voltou a ser um entrave para os fundos de pensões. A rendibilidade mediana estimada dos produtos caiu -0,1% no mês passado.
Tal como já tinha acontecido em janeiro, a rendibilidade mediana dos fundos de pensões nacionais voltou a cair, desta vez para os -0,1%. Rui Guerra, partner da Mercer, refere que “os fundos de pensões portugueses obtiveram em fevereiro uma rendibilidade mediana estimada de -0.1%, devido ao desempenho negativo das ações”.
Factores como a “queda do preço do petróleo, ao resultado da reunião dos ministros das finanças do G20 e aos resultados apresentados pelo sector bancário nos EUA”, diz o profissional, marcaram a performance negativa das ações.
Com performance contrária esteve o mercado obrigacionista. Este “registou rendibilidades positivas com a descida das yields, da zona Euro na generalidade das maturidades e dos países”.
Segundo a Mercer, a yield das obrigações da dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, índice de referência para as taxas de desconto dos planos de pensões, era de 1.6% no final do mês de fevereiro.
Quando se olha para a rendibilidade mediana desde o início do ano, conclui-se que que a queda é de -1,4% nos fundos de pensões.