Fundos mais subscritos de agosto: fundos do mercado monetário figuram Top 10

fundos mais subscritos
Créditos: NordWood Themes (Unsplash)

Passado o mês de agosto, chegou a altura de vermos quais são os fundos mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa nesse mês. 

Na primeira entidade, mantém-se a preferência por fundos de ações, embora com duas exceções. A primeira é um fundo já habituado a pertencer a este Top 10. O Property Core Real Estate Fund é um fundo imobiliário que celebrou recentemente o seu terceiro aniversário. 

Já a segunda exceção é o Pictet-Short-Term Money Market. Com as taxas de juro mais elevadas face ao que aconteceu nos últimos anos, Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best, afirma que “os fundos de liquidez e tesouraria ganham agora alguma atratividade para os investidores que pretendem muito baixo risco ou têm necessidade de parquear a sua liquidez no curto prazo”.

Indicadas as exceções, passamos aos oito fundos de ações. Os primeiros fundos do Top são dois fundos que investem em empresas ligadas a setores de commodities, nomeadamente o ouro e outros metais e a energia. Existem adicionalmente dois fundos índice, com preferência por um índice de ações globais e por um índice de ações americanas. “De notar ainda duas escolhas relacionadas com o tema das tecnologias com os fundos BlackRock Global Funds - World Technology Fund, mais generalista, e Allianz Global Artificial Intelligence, mais dedicado à Inteligência Artificial”, acrescenta o profissional.

No entanto, a grande novidade vai para a presença de um fundo de ações nacional, o Caixa Ações Líderes Globais, “com uma estratégia de escolha de empresas que sejam uma referência global no seu setor de atividade”, afirma.

Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos do Banco Carregosa, afirma que “as subscrições indiciam um comportamento mais cauteloso por parte dos investidores”.

Além do primeiro lugar pertencer a um fundo do mercado monetário, dentro do Top 5 existem dois fundos de obrigações, um de imobiliário direto (que no mês passado não figurava no Top 10) e o único fundo de ações subscrito tem uma política de investimento bastante defensiva. “Apenas temos dois fundos no quadro de Top 10 que sejam temáticos e tipicamente a subscrição de fundos de ações temáticos está associada a menor aversão ao risco”, acrescenta Tiago Gaspar.

Fundos mais subscritos no mês de agosto

Banco BestRating FundsPeopleBanco CarregosaRating FundsPeople
Property Core Real Estate FundFidelity Euro Cash 
Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals FundPIMCO Income E (EUR HDG) Inc
Schroder International Selection Fund Global Energy SILVIP Fundo VIP
Fidelity MSCI World Index FundPIMCO Income E (EUR HDG) ACC
BlackRock Global Funds - World Technology FundFPMorgan Stanley Global Brands "AH" (EURDHDG) ACCFP
Fidelity S&P 500 Index Fund BlackRock Continental European Flexible E2 (EUR) ACCFP
Allianz Global Investors Fund - Allianz Global Artificial IntelligenceFPBlackRock Sustainable Energy "E2" (EUR) ACCFP
HSBC Global Investment Funds - Turkey EquityNordea 1 Global Climate And Environment E (EUR) ACC
Pictet-Short-Term Money MarketMorgan Stanley Euro Strategic Bond "A" ACC
Caixa Ações Líderes Globais FPJPM EUR Money Market VNAV "D" (EUR) ACC
Fonte: Informação partilhada pelas entidades.

Mais resgatados 

Nos mais resgatados, o Banco Best registou algumas saídas em estratégias de multiativos. Embora sejam fundos de investimento com um perfil de risco intermédio entre os mais conservadores até mais agressivos, “parece haver investidores a sair deste tipo de fundos para realocar em, por exemplo, fundos de obrigações, que agora já têm yields interessantes”, o que não acontecia quando as taxas de juro eram negativas. “Aparentemente, o risco acrescido dos multiativos pode ter deixado de ser interessante para investidores mais conservadores que voltam a investir apenas em obrigações”, afirma Rui Castro Pacheco.

Por sua vez, Tiago Gaspar afirma que o “valor agregado dos resgates é reduzido para se extrair alguma informação qualitativa”. Acrescentando que “o facto de haver heterogeneidade de classes, geografias e estilos, leva a considerar que se trataram de pequenos ajustes/rebalanceamentos das posições em carteira”.