PPR: fundos mobiliários e fundos de pensões de alocação cautelosa no mapa de retorno e risco a três anos

análise mapa retorno e risco
Créditos: Daniel Lerman (Unsplash)

Depois de lhe termos dado a conhecer a relação entre retorno e risco na categoria de fundos mobiliários e de pensões PPR de alocação moderada, hoje mostramos a análise aos fundos de alocação cautelosa, que, como o próprio nome indica, trata-se de uma categoria que reúne produtos cujo risco será potencialmente menor.

De sublinhar que se trata de uma análise feita de acordo com a caracterização e os dados disponíveis na plataforma Morningstar Direct. Como o período de análise é de três anos, alguns fundos cujo tempo de vida seja inferior, e que se inserem nesta categoria da Morningstar, não estão representados no mapa de retorno e risco. De referir também que esta é a categoria de investimento com um maior número de fundos de cariz PPR nacional, segundo a empresa de análise.

Efetivamente, o fundo que alcança maior retorno absoluto, no caso 5,6%, é também o que alcança o retorno por unidade de risco mais favorável dentro da categoria, como visível no mapa abaixo. Falamos do Alves Ribeiro PPR/OICVM, a cargo da Invest Gestão de Activos, classificado com Rating FundsPeople 2022, alcançando um retorno por unidade de risco a três anos de 0,64%. Contudo, se tivermos em conta apenas o último ano, este fundo foi também um dos mais rentáveis da sua categoria, em termos absolutos.

Bebendo da cautela que faz jus à categoria em que está inserido, o fundo, segundo a própria ficha mensal, investe cerca de 48% em dívida privada, e o restante reparte-se entre ações das mais variadas geografias (28%), liquidez, dívida emergente, dívida pública e outros alternativos. A nível setorial, a tecnologia, utilities e serviços financeiros são os setores preferidos da equipa de gestão e, a nível regional, a região europeia tem maior ponderação do que os Estados Unidos.

No segundo lugar está um fundo de pensões da BBVA Fundos, o CVI PPR, com 0,60% de retorno ajustado ao risco. Constituído em 1993, o produto, segundo a própria entidade gestora, investe “mais de 50% do seu património em unidades de participação de organismos de investimento coletivo elegíveis e harmonizados com diferentes estratégias”. No período em análise, esta estratégia de investimento conseguiu 3% de retorno absoluto e o desvio padrão fixou-se em 5,1%.

Quase nos calcanhares do antecessor em termos de retorno por unidade de risco encontra-se o Europa PPR, gerido pela Ageas Pensões, terminando o período com um retorno ajustado ao risco de 0,57%. Apesar de os valores alcançados em retorno absoluto serem os mais modestos comparativamente aos produtos acima referidos (2,8%), o seu desvio padrão foi mais baixo comparado aos seus pares (4,9%).

Mapa de retorno e risco a três anos

Fonte: Morningstar Direct