Fundos Mobiliários reforçam investimento na bolsa portuguesa

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Fruto das mudanças no acesso ao PSI-20, por parte da NYSE Euronext, houve trocas de lugares no maior índice bolsista nacional. Antes das novas regras, o principal factor de seleção era o valor negociado em bolsa pela empresa. Agora, o que decide se as empresas ficam ou não no PSI-20 é a capitalização bolsista ajustada ao free float, ou seja o valor de mercado das ações que estão livres no mercado e fora dos investidores mais relevantes.

Nos últimos dias houve algumas mudanças no PSI-20, com a entrada de três empresas e a saída de três, sendo que uma delas (Sonaecom) já tinha saído há algumas semanas, na sequência da oferta de compra de capital aos acionistas minoritários.

O índice de referência nacional abriu na segunda-feira com a entrada de três empresas: CTT, Teixeira Duarte e Impresa. A primeira, fruto da privatização de cerca de 70% do seu capital, ocorrida nos últimos meses, é a mais recente companhia com mais de mil milhões de euros em capitalização bolsista. Já a Teixeira Duarte e a Impresa regressam ao principal índice bolsista português.

Segundo o último relatório mensal da APFIPP, os fundos  de investimento mobiliários (FIM) detinham, no final de fevereiro, 1.858.322 ações representativas de 1,24% do capital dos CTT, totalizando 13.565 milhões de euros. De acordo com a CMVM, os fundos BPI Portugal, ES Portugal Acções, Millennium Acções Portugal e Caixagest Acções Portugal são alguns dos produtos que têm este títulos em carteira.

Já a Impresa, no final do mês passado, tinha 4.732.973 das suas ações em FIM, totalizando 2,82% do seu capital, num valor que atinge os 7.430 milhões de euros.

Sobre a Teixeira Duarte os dados existentes não permitem apurar o valor exato da posição dos fundos mobiliários no seu capital social. Ainda assim, os dados da CMVM mostram que os fundos Santander Acções Portugal, Banif Acções Portugal e o Santander PPA são alguns dos produtos que têm este título na sua carteira.

Em caminho inverso seguiram a Sonae Indústria e a Cofina, e anteriormente a Sonaecom. Segundo o relatório da APFIPP, a Cofina é a segunda empresa com mais percentagem do seu capital detida por FIM. Os dados mostram que os Fundos mobiliários detêm 8.217.982 de ações da empresa, totalizando 8,01% do seu capital, ou seja, 5.136 milhões de euros. Já na Sonae Indústria o valor no final de fevereiro era de 1.863 milhões de euros, representando 1,67% do capital da empresa, respeitante a 2.344.093 ações.

Sobre a Sonaecom os dados mais recentes remontam ao relatório mensal de setembro do ano passado, que mostram que nessa data os FIM detinham 1,07% do capital social da empresa, correspondendo a 3.925.883 ações, que totalizavam, na altura, mais de 8 milhões de euros.