Os fundos de mercado monetário não foram os mais rentáveis do mês passado, mas foram a categoria de fundos com uma presença mais forte na lista de resistentes de junho.
O sexto mês do ano não foi ‘sorridente’ para os fundos de investimento em Portugal. Os dados disponibilizados pela Morningstar através da sua plataforma online mostram que a rendibilidade média no mês passado chegou mesmo a ser negativa para o mercado português de fundos.
Num balanço dos produtos que apresentam rendibilidade positiva no mês de junho as contas são simples de fazer: apenas um produto investe no mercado acionista, dois em obrigações, quatro são fundos de investimento alternativo e um pertence à categoria dos fundos mistos defensivos. Já com o core de investimento em investimentos de curto prazo, instrumentos de liquidez como sejam os depósitos a prazo, encontramos seis produtos. A categoria de fundos monetários é, por isso, a mais representativa na lista dos produtos resistentes de junho.
'Zoom' de cada um dos monetários
Entre os seis fundos que investem no mercado monetário, o mais rentável em junho foi o CA Monetário. Da responsabilidade da CA Gest e gerido por Fernando Nascimento o fundo atingiu uma rendibilidade de 0,05% no mês passado. O património sob gestão do produto ascendia a mais de 97 milhões de euros, e as maiores aplicações em carteira eram depósitos a prazo em instituições financeiras nacionais como a Caixa Geral de Depósitos, o BiG ou o Novo Banco. Apesar de no final de maio o fundo não deter qualquer obrigação em carteira, este tipo de ativos pode preencher até um máximo de 10% do portfóliol. O gestor, em conversa com a Funds People no final do ano passado, afirmava que a inclusão destes ativos na carteira tem dois objetivos: "diversificar o seu património e maximizar a sua rendibilidade”. Além dos 10% de presença máxima, a utilização das obrigações é “reservada a emitentes de qualidade e emissões líquidas”.
Com uma rendibilidade de 0,03% no mês de junho surge o NB Liquidez. Aquele que já foi o maior fundo nacional é agora o maior fundo da entidade a que pertence com um património de cerca de 150 milhões de euros. O fundo é gerido por Susana Vicente da GNB Gestão de Ativos e o seu objetivo primordial é a “estabilidade da valorização do investimento e um potencial de rentabilidade superior às tradicionais aplicações bancárias”. Para atingir esse objetivo a carteira do fundo, no final de maio, estava composta por depósitos a prazo, obrigações e papel comercial.
Sob responsabilidade da Caixagest figuram os dois produtos seguintes nesta análise de rendibilidades: o Caixagest Fundo Monetário e ainda o Caixagest Liquidez, ambos com um retorno aproximado de 0,01%. Falamos dos dois maiores produtos da entidade, sendo o Caixagest Liquidez o maior fundo do mercado nacional e o único que ultrapassa os mil milhões de euros de ativos sob gestão. Este produto foi ainda dos que mais captações líquidas obteve no mês de maio tendo sido, também, o fundo com maior saldo entre subscrições e resgates no ano passado.
Além dos produtos atrás referidos, importa salientar a presença de mais dois fundos monetários no ranking dos melhores de junho: o Eurobox e ainda o BPI Monetário Curto Prazo. O primeiro é gerido pela FundBox e obteve uma rendibilidade em junho de 0,01%; o segundo está sob responsabilidade da BPI Gestão de Activos e registou ganhos de 0,004% no mês em análise.
Os fundos do mercado monetário que se destacaram em junho
Fonte: APFIPP no final de junho