Nos primeiros oito meses do ano, os Fundos PPA são dos mais rentáveis, tendo aproveitado, em grande parte, a subida do principal índice bolsista português.
O mercado nacional é composto por praticamente duzentos produtos que investem em variados ‘temas’ e nos mais diversos ativos financeiros. Entre as diversas categorias em que a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – divide o mercado, existe uma que engloba os “Fundos que financiam Planos Poupança em Acções (PPA) de acordo com o Decreto-Lei n.º 204/95, de 5 de Agosto”, denominada de Fundos Poupança Acções.
Nessa Lei, está especificado que os PPA apenas podem investir em “Acções e títulos de participação cotados em bolsa de valores nacional”; em “Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário cujo património seja constituído por um mínimo de 50% de acções cotadas em bolsa de valores nacional”; e ainda em “Numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações no mercado monetário interbancário”.
Nestas condições, a Associação encontra seis produtos, sendo quatro fundos de investimento e dois fundos de pensões. De realçar, ainda, que segundo a Associação, esta categoria é a terceira mais rentável do ano, estando apenas atrás dos ‘fundos índice’ e dos ‘fundos de ações nacionais’. Em termos médios, a rendibilidade da categoria em 2015 ultrapassava os 9%, tendo apenas sido castigada no mês passado dada a correção registada pelos mercados.
Entre os seis produtos, o mais rentável é o BPI Poupança Acções, gerido pela BPI Gestão de Activos. No final de agosto geria quase 2 milhões de euros e na mesma data a sua rendibilidade em 2015 era de 13,20%. O maior investimento em carteira pertence a um futuro sobre o principal índice bolsista nacional, sendo seguido de ações de cotadas nacionais como a Sonae SGPS, a Nos, a Portucel e ainda o BCP. Estas cinco posições representam cerca de metade da carteira.
Com mais de 10% de ganhos surge mais um fundo de investimento: o Caixagest PPA. Sob gestão da Caixagest, o produto regista uma subida de 11,01% nos primeiros oito meses do ano, com o património a ascender a 2,66 milhões de euros. Tal como no fundo anterior, as maiores posições em carteira são ocupadas por um futuro sobre o PSI-20, além das cotadas Sonae SGPS, BCP, Portucel e Nos. No total, as cinco maiores posições representam quase metade da carteira do produto.
Restantes abaixo dos 10%
Os restantes quatro produtos ficam abaixo dos 10% em termos de rendibilidade desde do inicio do ano até ao final do mês passado. Com 8,63% surgem o NB Poupança Acções PPA. O fundo é gerido por José Valente da GNB Gestão de Ativos e o seu volume sob gestão fica perto dos 2 milhões de euros. No final de julho, a maior posição da carteira ia para o BCP, sendo seguido de outras cotadas nacionais como a EDP Renováveis, a Portucel ou a Sonae SGPS. A fechar o top5 das maiores posições surge o futuro sobre o PSI-20. Neste fundo as cinco maiores posições representam cerca de 40% da carteira de investimento.
O outro fundo de investimento da categoria é o Santander PPA. Com mais de 3 milhões de euros em património, o fundo gerido pela Santander Asset Management regista uma valorização superior a 6%.
Fundos de pensões também figuram na lista
Além dos quatro produtos já mencionados, existem mais dois que são fundos de pensões: o PPA Acções Futuro e ainda o NB PPA. O primeiro é gerido pela Futuro enquanto o segundo faz parte da GNB Gestão de Ativos, sendo igualmente gerido por José Valente. Em ambos os casos, a rendibilidade anda perto dos 8,5% nos primeiros oito meses do ano.
Os fundos PPA em 2015
Fonte: APFIPP no final de agosto