Julho era o mês estipulado para a BMO GAM finalizar a transição dos ativos que geria do Grupo Ageas. Dados da APFIPP mostram essa oficialização.
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Não era propriamente uma novidade que a BMO GAM iria deixar de executar a sua atividade de gestão discricionária em Portugal. A notícia oficial aconteceu em março passado, quando a entidade confirmava à FundsPeople que a Ageas - o seu cliente em Portugal – tinha comunicado a “intenção de passar a executar internamente a gestão de ativos das diversas soluções de investimento do grupo em Portugal”. Nessa altura, a BMO GAM dava então como prazo julho de 2021 para continuar a fornecer os serviços à Ageas, e a transição estar concluída.
Assim foi. Os números de julho da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) confirmam a saída da BMO GAM do segmento.
Nesse sentido, a quebra do montante registado em julho nos volumes geridos pelo segmento aparece justificada por esta saída. Os dados da APFIPP1, mostram que a 31 de julho de 2021 o valor das carteiras sob gestão discricionária se situavam nos 28 116,2 milhões de euros.
Em termos de crescimento no sétimo mês do ano, são duas as entidades que se destacaram. Por um lado, em termos percentuais, a Bankinter Gestion Activos - Suc. Portugal registou um avanço de 3,4% no montante gerido, correspondente a 22,5 milhões de euros. Por outro lado, em termos absolutos, o destaque foi da Caixa Gestão de Ativos. No mês a APFIPP reporta um crescimento de 85,5 milhões de euros, ou seja, um incremento de 0,9%.
Quando o olhar é sobre o ano de 2021, a LYNX Asset Managers é a entidade com maior crescimento percentual, no caso 168,2%. Em termos absolutos, por sua vez, a BPI Gestão de Activos registou um crescimento de 496,9 milhões de euros.
1 A 31 de julho de 2021 são considerados os valores sob gestão discricionária de 10 sociedades gestoras de patrimónios (SGP) e sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo (SGOIC), cujos montantes geridos, naquela data, de acordo com dados da CMVM, representavam 80,1% do valor total de gestão individual de ativos em Portugal.