O Tesouro Português recomprou esta quinta-feira 4.537 milhões de euros em obrigações, sendo que 4.000 milhões dizem respeito a uma troca de dívida, amortizando o valor restante. Os valores recomprados venciam em 2017 e 2018 e com esta troca de dívida, o Estado Português conseguiu lançar títulos que agora vencem em 2024 e 2030.
Para Filipe Silva, diretor da Gestão de Activos do Banco Carregosa: “A República Portuguesa conseguiu “rolar” 4 mil milhões de euros o que é muito positivo. A troca de dívida de maturidade mais curta por maturidade mais longa foi feita a preços de mercado, mas permite ao estado ganhar tempo, estendendo os prazos de pagamento. Deste modo, em 2017 e 2018, anos em que teríamos que fazer grandes amortizações, já estaremos menos pressionados. Um dado interessante é que o país comprou mais do que vendeu, o que significa que amortizou mais do que o que emitiu. Podemos dizer que foi uma operação com sucesso”.
O profissional vai ainda mais além ao afirmar que “esta operação demonstra que quem tem dívida portuguesa, quer mantê-la em carteira. Os investidores revelam que mantêm interesse ao aceitarem trocar dívida que se venceria dentro de 2 ou 3 anos por dívida com prazos mais longos (2024 e 2030)”.
