A marcar os três anos de vida do fundo algumas novidades: a distribuição do produto foi alargada além do espectro de investidores institucionais portugueses, e agora conta com liquidez diária.
Já fez três anos que o fundo Dunas Património – Incometric Fund da Dunas Capital foi lançado, e é hora de fazer o balanço do primeiro triénio. O produto apresenta diferenças face aos restantes fundos que a entidade tem sob a sua responsabilidade, já que é um fundo de direito Luxemburguês (UCITS IV FCP) onde a Dunas Capital é o Investment Manager. A ADEPA tem a tarefa de administrar o fundo, enquanto a parte da custódia cabe ao KBL.
Com a celebração do seu terceiro aniversário foram introduzidas algumas novidades. O fundo, que inicialmente estava dirigido apenas a investidores institucionais portugueses, proporcionando somente liquidez semanal, desde setembro passado que viu a sua distribuição ser alargada a todo o público português e também espanhol, oferecendo agora liquidez diária.
“O mandato do fundo tem a flexibilidade suficiente da equipa expressar as suas ideias e convicções em várias condições e ciclos de mercado”, explica João Vasconcellos, da Dunas Capital. O fundo tem um limite máximo de investimento em ações de 50% da sua carteira, com a entidade portuguesa a afirmar que “é suficiente para atingir os objectivos de rentabilidade de acordo com uma volatilidade aceitável para a tipologia dos clientes ibéricos” Nos últimos dias do mês passado, o fundo atingia uma rendibilidade total de 19,6% que estava “em linha com as expectativas de retorno que se situam entre os 6% - 8% médios anuais”, sublinha.
Comparando a performance do fundo com a “média aritmética simples do MSCI All Countries World Index e do índice EFFA G7 (representativo da exposição de fixed income)”, verifica-se que em três anos conseguiram ter um retorno praticamente igual àquele que teriam caso tivessem aplicado 100% no “MSCI All Countries World Index (nunca tendo obviamente ultrapassado o limite estabelecido legalmente - 50%) e com uma volatilidade de cerca de 2/3 do índice. Ou seja rentabilidade de acções com volatilidade mais reduzida”, afirmam.
“Ombro-a-ombro” com os fundos internacionais
Da entidade portuguesa referem ainda que o fundo se bate com a oferta das grandes casas internacionais e no último triénio “a performance relativa versus peers é bastante positiva, batendo-se com os melhores”.
No entanto, destacam o facto de ser “difícil ter uma comparação exata uma vez que muitos destes fundos, nossos concorrentes, têm por vezes posições de risco muito diferentes das que internamente aceitamos, por um lado, ou simplesmente por serem fundos denominados em USD beneficiaram da valorização desta moeda no último ano”.
O património do fundo ascende atualmente a cerca de 20 milhões de euros, em que “mais de um milhão pertence a investidores espanhóis”.
“Em Setembro e aproveitando a correcção dos mercados utilizámos pela primeira vez a totalidade do limite de exposição a acções, sendo que achamos que o mercado europeu está mais apetrcível de um ponto de vista das valorizações. Temos muito pouca exposição a crédito e gerimos activamente a duration do fundo com futuros”
Alargamento dos investidores
Em Portugal a distribuição está a cargo do BEST, enquanto em Espanha é a Inversis e o Allfunds que têm a responsabilidade de distribuir o produto. Muito embora a maioria dos investidores seja institucional, João Vasconcellos destaca que “a quota parte de private bankers e de family offices tem vindo progressivamente a crescer sobretudo desde que passámos a oferecer liquidez diária”.