Os melhores selecionadores de fundos do mercado nacional em 2023

Novo ano, nova votação. Como vem sendo hábito, e por estarmos praticamente a meio do ano, a FundsPeople voltou a convocar os responsáveis de Vendas das gestoras internacionais que atuam em Portugal para nos contarem quem consideram ser os selecionadores de fundos nacionais que mais se destacam graças ao seu exímio trabalho no âmbito da seleção de fundos. Responderam a esta chamada 37 profissionais de 35 entidades diferentes, que ofereceram 44 nomes. Destes 44 profissionais, 20 obtiveram dois ou mais votos.

Mas quem foram os preferidos? Neste caso, as preferidas, já que este ano, pela primeira vez, temos um Top 3 inteiramente no feminino. São elas: Marta Martins, da IM Gestão de Ativos, Carla Veiga, da GNB Gestão de Ativos e Inês Castro, da DWM do Millennium bcp. As três profissionais obtiveram, respetivamente, 21, 20 e 15 votos.

O labor da seleção de fundos é exigente, em particular num contexto como o atual, em que a subida de taxas, a inflação crescente e a guerra na Europa obrigam a uma atenção redobrada aos detalhes macroeconómicos. Por isso mesmo, perguntamos a estas três profissionais o que  tem sido mais desafiante no seu trabalho em 2023. 

Preocupação rima com…

Inflação, recessão e regulamentação. São precisamente estes os três principais fatores que, aos olhos dos responsáveis de Vendas das casas estrangeiras, mais apoquentam os selecionadores de fundos nacionais e que dominam as conversas com os seus clientes. Do lado macroeconómico, a inflação aliada à subida das taxas de juro e as dúvidas quanto ao seu impacto no crescimento económico e nas classes de ativos são as principais dificuldades mencionadas pelos sales das gestoras internacionais. Também a possibilidade de uma recessão em detrimento de uma aterragem suave faz parte dos maiores receios auscultados por parte destes profissionais, relativamente aos selecionadores.

Porém, não foram os únicos detratores mencionados. A regulamentação tem demonstrado ser um obstáculo para quem seleciona fundos, com os vendas das gestoras internacionais a recordarem que esta  se está a tornar cada vez mais restritiva e rigorosa. Isto leva à dificuldade em agregar valor através da seleção de fundos, pois a estruturação do processo limita o universo de investimentos. Além disso, a variedade de rótulos e classificações ESG/ISR e a instabilidade, falta de clareza, a ambiguidade ou complexidade dos regulamentos SFDR representam um desafio para a escolha dos fundos ISR certos.