Os investidores portugueses mantêm um nível baixo de optimismo quando comparados nomeadamente com os seus pares europeus, um facto que poderá ser explicado pela situação recessiva que o país atravessa.
O inquérito “Schroders Global Investment Trends Report 2013”, realizado a nível global pela sociedade gestora, mostra que, em termos de confiança, os investidores portugueses “mostram alguma cautela”, com 37% a afirmarem que “estão menos confiantes sobre as oportunidades de investimento em 2013, comparado com o ano anterior”. Apenas 22% estão mais confiantes e 41% mantém o mesmo grau de confiança, é referido no comunicado sobre o estudo.
Analisando estes números, Carla Bergareche, ‘country head’ para Espanha e Portugal, da Schroders, refere que, apesar do bom arranque que os mercados globais tiveram este ano, “e de estarmos a viver uma recuperação no sentimento dos investidores a nível global, os investidores portugueses são os menos optimistas, provavelmente devido aos problemas económicos que estão a atravessar”.
Uma justificação partilhada por Albino Oliveira, no grupo Patris, que considera que o pessimismo que ainda é demonstrado por estes poderá “ser explicado pelo ambiente de recessão vivido na Europa e, principalmente, em Portugal”. Contudo, as valorizações observadas em diversos índices de acções desde o início do ano, “num ambiente de baixas taxas de juro, têm vindo progressivamente a chamar a atenção dos investidores portugueses, contribuindo para um progressivo aumento da confiança”, sublinha.
Portugal perfaz, juntamente com Espanha e Itália, o grupo de países com média de confiança negativa, sendo que, a nível global, quase metade dos investidores, 48%, está “mais confiantes sobre as oportunidades de investimento em 2013, comparando com o ano anterior”. Os investidores dos Estados Unidos mostram o melhor grau de confiança, com 59%, de acordo com o inquérito da Schroders.