Os indicadores trimestrais divulgados pela CMVM dão conta de um crescimento do investimento em títulos de dívida pública nacional. O investimento em fundos mobiliários perde representatividade, face à força do investimento direto.
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Os indicadores trimestrais de gestão de ativos divulgados pela CMVM e relativos ao primeiro trimestre de 2023, dão registo de um aumento de 2,3% da gestão de patrimónios em Portugal, face ao trimestre anterior. O valor deste segmento de investimento nacional cifra-se agora nos 33.571 milhões de euros. Contudo, face a igual período do ano anterior, ainda representa uma queda de 7,4%.
Investimento por tipo de ativo e mercado
Fonte: CMVM, Indicadores trimestrais da gestão de ativos
O investimento direto em Portugal ganha preponderância. Um aumento de 11,10% no trimestre leva o total deste tipo de investimento para os 19.502 milhões de euros, o equivalente a 58,10% do total das carteiras da gestão de patrimónios nacional. Dentro deste subsegmento, o destaque vai, sem dúvida, para o movimento de reforço de dívida pública nacional. Um aumento trimestral de 52,8% leva este tipo de dívida a representar 25,50% do total do investimento feito nestas carteiras, cerca de metade do investimento direto e um valor perto dos 8.569 milhões de euros.
Em sentido inverso foi o investimento em ações nacionais. Apesar de representar uma menor percentagem do universo, este caiu cerca de 43,30% no trimestre. O valor do investimento em unidades de participação, que tem vindo a ganhar preponderância ao longo dos últimos anos, reduziu-se para 11.968 milhões de euros, um valor 6,4% inferior ao do trimestre anterior e 14,70% inferior ao de igual período do ano transato.