Em termos totais, o investimento em valores mobiliários cotados caiu ao longo do ano passado. No entanto, o investimento em Portugal cresceu. Veja a evolução ao longo de 2016.
Já é conhecido o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) e dos fundos de investimento alternativo (FIA) no final de 2016. No primeiro caso, o montante totalizou 8.744,6 milhões de euros enquanto que no segundo o valor atingiu os 2.356,1 milhões de euros, segundo os dados publicados pela CMVM. Em termos totais, juntando os dois segmentos, o valor sob gestão decresceu cerca de 7%, passando de quase 12 mil milhões para um valor superior a 11.100 milhões de euros.
Investimento em Portugal em rota crescente
O investimento em valores mobiliários cotados, em termos totais, decresceu ao longo do ano passado. Os dados publicados pelo regulador mostram que o decréscimo ascendeu a mais de 2%, para um valor total de 4.659 milhões de euros. No entanto, registaram-se meses ao longo do ano onde a queda foi substancialmente maior. Com tendência contrária seguiu o investimento em valores cotados em Portugal, que ao longo do ano passado cresceu mais de 10,5%, para um valor total superior a 532 milhões de euros. O gráfico seguinte mostra a evolução do investimento em valores mobiliários cotados portugueses.
Fonte: CMVM no final de dezembro de 2016. Valores em milhões de euros.
Luxemburgo consolida liderança
Neste segmento, o Luxemburgo continua a dominar. Em 2016, o investimento em valores mobiliários cotados do país cresceu mais de 3,5%, passando de 808 milhoes em finais de 2015 para mais de 837 milhões de euros, um ano depois. Ainda assim, no decorrer de 2016, registaram-se valores mais altos, com o máximo do ano a ser atingido em outubro, com o montante a situar-se acima dos 846 milhões de euros.
Investimento em valores mobiliários cotados no Luxemburgo
Fonte: CMVM no final de dezembro de 2016. Valores em milhões de euros.
Portugal domina em dívida pública
Um dos valores mobiliários cotados que entra nas contas são os títulos de dívida pública. Aqui, são os títulos soberanos de Portugal que seguem no topo da lista, com um total superior a 270 milhões de euros no final do ano passado. No espaço de um ano, este valor cresceu perto de 120%, evidenciando o apetite dos fundos nacionais pela dívida portuguesa. Ainda assim, realce para o facto de em 2016, o valor emitido pelo Estado português ter sido superior a 17 mil milhões de euros.
No final de 2016 o segundo país onde os fundos mobiliários nacionais mais têm dinheiro investido foi a Itália, seguido da Alemanha e da Espanha. Todos estes países apresentam valores acima dos 200 milhões de euros.