São poucas as alterações relativamente às estratégias que motivaram resgates no mês de fevereiro. Profissionais do ActivoBank, BancoBest e BiG fazem uma análise dos motivos por detrás das saídas no segundo mês de 2017.
O mês de fevereiro fica marcado por uma continuação relativamente às estratégias que motivaram resgates. Neste sentido, profissionais do ActivoBank, BancoBest e BiG analisam os motivos por detrás desta tendência.
João Graça, product manager do ActivoBank, destaca a “saída de vários investidores das soluções de obrigações governamentais e corporate da zona euro”, algo que se deve ao facto das valorizações deste sector se encontrarem “um pouco esticadas”. Acrescenta, também, que a “expectativa de correção tendo em conta os recentes discursos de Donald Trump” levou à “saída de fundos do setor da saúde onde se incluem as biotech”.
Já para Isabel Soares, gestora de produto do BiG, os resgates do mês de fevereiro “parecem concentrar-se em estratégias direccionais com enfoque bastante específico (em termos geográficos ou sectoriais)”. Desta forma, a gestora destaca “os outflows registados em alguns produtos com enfoque no sector energético ou mercados indianos, brasileiros ou ibéricos”, o que se mantém relativamente ao mês anterior, em que Isabel Soares destacou as saídas em “fundos com exposição ao sector energético (muitos dos investidores aproveitaram o período para realização de mais-valias)”. Por fim, “o encaixe de mais-valias acumuladas ao longo dos últimos períodos por alguns investidores poderá sustentar estes movimentos de saída”, concluiu.
Por sua vez, Rui Castro Pacheco, head of asset management, Banco Best, acredita que neste mês de fevereiro, no que diz respeito aos resgates, não existe “nada de novo”. Assim, mantêm-se as “saídas nas estratégias muito conservadoras, como a tesouraria e alguma dívida soberana”, disse o diretor. Acrescenta, ainda, que os investidores procuram “alternativas com maior retorno esperado”.