O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – realizou na manhã desta quarta-feira, dia 16, mais um leilão de dívida pública onde colocou um montante de 1.300 milhões de euros, acima do máximo previsto de 1.250 milhões.
Este montante foi colocado em duas emissões de curto prazo, uma a seis meses e outra a doze meses. Na primeira foram emitidos 300 milhões de euros a uma taxa de 0,006%, que é mais reduzida do que a última emissão comparável. A última emissão a seis meses tinha acontecido em meados de julho a uma taxa de 0,014%. Em termos de procura, esta superou a oferta em quatro vezes.
Já no leilão a doze meses a yield foi de 0,051% tendo sido emitidos mil milhões de euros. O último leilão comparável para este prazo foi em julho passado com a taxa a ser de 0,088%. Neste caso a procura foi o dobro da oferta.
"Portugal continua a conseguir financiar-se a níveis historicamente baixos, em resultado de duas razões principais: o plano de compra de dívida do BCE (QE - Quantitative Easing) e o facto de Portugal ter, na Zona Euro excluindo a Grécia, a dívida que paga um pouco mais que as restantes. É uma alternativa comparativamente razoável para os investidores aplicarem o dinheiro. A Alemanha, por exemplo, emitiu hoje dívida a 30 anos, um prazo muito mais longo, oferecendo uma taxa de 1,49%. É natural que os investidores olhem para a dívida portuguesa de curto prazo e não sintam grandes riscos", afirmou Filipe Silva, director da Gestão de Activos do Banco Carregosa.