O ano de 2023 foi positivo para a LM Capital Wealth Management. Se em 2022 o ano foi de quebra nos ativos sob gestão, 2023 trouxe uma recuperação nesses mesmos ativos. No final de 2023, a entidade apresentou 1.087 milhões de euros de montante sob gestão, o que representa um crescimento de 10% face ao montante apresentado um ano antes, revela a entidade no seu mais recente relatório e contas.
No final de 2023, a entidade apresentava um total de 379 portefólios, o que compara com os 373 de um ano antes. Dessas 379 carteiras, 378 correspondem, segundo a entidade, a portefólios da atividade de gestão de carteiras. As comissões líquidas da entidade cifraram-se em 6,39 milhões de euros em 2023, crescendo ligeiramente face ao ano anterior.
Em baixo, consegue ver-se qual a desagregação do negócio da entidade, por tipo de serviço. A gestão de carteiras, que abarca a gestão discricionária e a gestão de carteiras personalizada, reúne 96,3% dos ativos da entidade, enquanto que 3,7% são afetos ao serviço de prestação de serviços de informação consolidada do património. A entidade revela que neste serviço apenas apresentavam um cliente, em 2023.
Menos fundos de obrigações, mais investimento direto
Num ano de 2023 que apelidam de "excelente" para os mercados financeiros, a entidade expressa no documento que alterações introduziu nas diferentes estratégias de investimento que têm a seu cargo. Apontam que de forma a aproveitar o momento de taxas de juro atrativas e obter uma maior previsibilidade de rendimento, reduziram a alocação a fundos de obrigações. Esse posicionamento foi substituído por "compra de obrigações diretas", campo onde privilegiaram "emissões com bons ratings e elevada liquidez".
Expressam ainda mais dois movimentos: por um lado, o reforço da dívida por redução das ações e, por outro, a redução de ações value para dar lugar ao reforço de ações growth nos Estados Unidos.
Perspetivas para 2024
Para 2024, a entidade apresenta-se positiva, ao mesmo tempo que antecipa desafios. Esperam, por exemplo, "um aumento nas comissões provenientes de serviços a clientes", ao mesmo tempo que preveem um cenário desafiante, tanto ao nível da evolução dos mercados financeiros, como no subsequente impacto no total de ativos sob gestão. Também o efeito das pressões inflacionistas é visto como um desafio, nomeadamente sobre "os custos gerais administrativos da sociedade, que se perspetiva que aumentem em 2024".
