LM Capital vê crescer o número de carteiras em 2022

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A LM Capital Wealth Management, entidade gestora de patrimónios, fechou o ano com 992,14 milhões de euros em ativos sob gestão, o que representa um quebra de 9,74% face ao ano anterior. Não obstante esta quebra, o número de portefólios cresceu de 360 para 373. As comissões líquidas totalizaram 6,07 milhões de euros, o que compara com os 6,15 do ano anterior enquanto o resultado líquido recuou 10,12% para os 1,99 milhões de euros.

A entidade deixa evidente no relatório anual que considera que o ano de 2023 será desafiante, mas também que surgem "novas oportunidades de investimento com baixo risco e retornos atrativos, sobretudo no mercado obrigacionista". Como indicam, "o aumento das taxas de juro trouxe perspetivas de futuro bastante otimistas para quem investe em dívida investment grade", sendo que "a classe de ativos obrigacionista poderá voltar a ser uma solução concreta".

Movimentos nas carteiras

Perante o cenário incerto de 2022, a entidade havia optado por manter níveis de liquidez nos portefólios "superiores aos valores médios historicamente observados", mas viu surgir, no último trimestre de 2022, "alternativas interessantes no mercado obrigacionista de curto prazo", pelo que os níveis de liquidez em carteira foram, entretanto, reduzidos.

No relatório anual, a LM CWM descreve outras das principais decisões de investimento que permitiram gerar valor em 2022. Estas passaram pela "redução da exposição ao mercado acionista europeu para entrar no setor de energia europeu e num exchange trade fund de matérias-primas", pela "venda de fundos de obrigações com maior enviesamento para a Europa e duração mais longa para compra de fundos de obrigações que investem no mercado asiático e com duração menor", e pela "redução de investimentos mais temáticos para incremento de uma alocação estratégica mais global".

Sustentabilidade

Já no relatório do ano anterior, a LM CWM considerava que seria um ano desafiante, por via do tema da sustentabilidade. Refere agora que o ano de 2023 "será igualmente marcado pela procura por soluções de investimento que atentem fatores ambientais, sociais e de governação (ESG, no acrónimo inglês), relativamente aos quais a sociedade procurará estar alinhada com as expetativas de cada um dos nossos clientes".

Segundo dizem, a entidade "prossegue o seu objetivo de construir um modelo de negócio responsável e dar a conhecer o seu compromisso em termos de investimento sustentável no processo de tomada de decisões de investimento nas carteiras por si geridas e na consultoria para investimentos". Neste sentido, a incorporação de fatores ESG na definição da estratégia de investimento da sociedade gestora é considerada em paralelo com a Incorporação dos restantes fatores de análise tradicionais.