Os fundos mobiliários domiciliados em Portugal beneficiaram do comportamento dos ativos de risco em abril, muito embora o mix de ativos na alocação agregada das carteiras tenha evidenciado variações díspares.
Os indicadores agregados dos fundos de investimento mobiliário, publicados pela CMVM, mostram que o mês de abril foi um mês de recuperação dos ativos sob gestão dos OICVM nacionais. Esta recuperação mensal foi de 2,8%, o que fez com que o mercado fechasse o primeiro quadrimestre do ano com 11.772,6 milhões de euros sob gestão. Face a dezembro, falamos ainda de uma quebra de 6,9%. Os fundos de investimento alternativo, por seu lado, viram os ativos recuar 0,1% no mês, consolidando a quebra anual de 6,3%. Com esta variação mensal, a globalidade do mercado volta a apresentar ativos sob gestão superiores aos 12 mil milhões de euros.
O número de fundos de investimento permanece inalterado, muito embora o número de entidades gestoras tenha diminuido, como resultado da consolidação da Popular Gestão de Ativos na Santander Asset Management, praticamente três anos depois de se ter dado a aquisição do Grupo Popular pelo Grupo Santander.

No mês de abril, verificamos que o contributo mais positivo para os ativos sob gestão resultou de rubricas como as ações estrangeiras e UPs de fundos de investimento (esta rubrica não é desagregada por classe de ativos). As obrigações, tanto nacionais como estrangeiras também mostram uma evolução positiva, o que contrasta fortemente com as rubricas de dívida pública, cujos ativos alocados recuaram significativamente no mês.
