Mercado dinâmico desde 2020: mais PPR/OICVM, temáticos e alternativos

fundos de pensões reforma retorno rentabilidades
Créditos: Thomas Ashlock (Unsplash)

Os dois últimos anos coincidiram com a pandemia de COVID-19, mas na gestão de ativos nacional o período foi sinónimo de bastante dinamismo. Não só no que toca ao crescimento de ativos sob gestão dos OICVM, por exemplo, mas também a outros níveis. Mais gestoras e mais fundos têm aparecido, o que contrasta com alturas anteriores de maior estagnação.

PPR/OICVM continuam a ganhar espaço no mercado

Se considerarmos o ano de 2020 até ao período atual, verificamos que o veículo PPR/OICVM continua a ser uma grande aposta das gestoras. São cinco os produtos lançados no período que encaixam nesta tipologia.

No ano passado, e depois de lhe ver atribuída a licença de gestão de fundos mobiliários, a Casa de Investimentos replicou num PPR/OICVM o que já fazia nas carteiras de gestão de patrimónios da casa. Nasceu assim o Fundo Casa Global Value PPR/OICVM, um fundo de ações, cuja política de investimento Emília Vieira destacava à FundsPeople.

Mas não foi a única entidade a optar por este formato. Também a Invest Gestão de Ativos, a Biz Capital, a Bankinter Gestión de Activos – Sucursal em Portugal e mais recentemente a Optimize IP, seguiram o passo.

No caso da Invest Gestão Ativos, o Smart Invest PPR/OICVM trata-se de um PPR com 3 sub-fundos consoante o perfil de risco do investidor. Do lado da Biz Capital, a estreia neste formato aparece com o BIZ Europa PPR/OICVM, um fundo capaz de investir no espaço europeu, tanto em ações como em obrigações. Recorde-se que a BIZ Capital foi outra das gestoras de fundos mobiliários que viu a luz do dia recentemente.

Por fim, os produtos da Bankinter Gestión de Activos e da Optimize IP. O Bankinter Mega TT PPR/OICVM dá o mote a uma das grandes tendências do momento, no caso o investimento temático. Este produto lançado no verão de 2021, investe em três grandes temáticas e fá-lo através de fundos de terceiros ETF especializados.

O Optimize LFO PPR/OICVM Leopardo é o quinto fundo desta lista de veículos. Um produto que nasceu pelas mãos do Lisbon Family Office, em parceria com a Optimize IP, e que promete uma abordagem revolucionária no que toca às empresas que incorpora.

Temáticos e alternativos ganham força

A incursão da Optimize IP não se ficou por aqui em novos produtos. Para além deste PPR/OICVM, há mais duas estratégias que viram a luz do dia. Por um lado, um fundo que bebe da mesma abordagem e filosofia do já referido, mas com uma política de investimentos ligeiramente distinta: o Optimize LFO Rise US Equities. Por outro lado, um fundo que tal como o do Bankinter também se debruça sobre o investimento temático, mas com um caráter alternativo: o Optimize Disruption Fund.

Navegando também no campo dos alternativos, a Santander AM fez nascer o  Santander Multi-Estratégia. Um produto que investirá no mínimo 85% do seu valor líquido global em unidades de participação do fundo Santander GO Absolute Return.

Ainda este ano, o mercado assistiu ao lançamento de um fundo com um universo de investimento menos explorado em Portugal: a China. Dando corpo à estratégia do Bison Bank, este fundo uniu a entidade e a Lynx Asset Managers, que é a responsável pela gestão do Bison China Flexible Bond Fund. Como o nome indica, trata-se de um portefólio diversificado de obrigações chinesas onshore e offshore.

Tendo em conta que os fundos de alocação também continuam a ter espaço nas gamas nacionais, recentemente a Sixty Degrees deixou de ser uma gestora mono-fundo, com o lançamento do Sixty Degrees Flexible Allocation. Um fundo de investimento mobiliário aberto flexível, com três categorias.

No período em análise, destaque ainda para a chegada de mais três produtos:  o IMGA Money Market USD”, gerido pela IM Gestão de Ativos, e o Biz Europa Bull e o Biz Europa Bull, da Biz Capital.