Metade dos investidores portugueses prefere acções

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Metade dos investidores portugueses prefere aplicar o dinheiro em acções, uma percentagem inferior à verificada a nível global, evidenciando ainda uma postura cautelosa face ao investimento em produtos financeiros, mostra o Schroders Global Investment Trends Report 2013.

Do total inquirido no âmbito deste relatório, "pouco mais de metade (51%) pretende investir em acções, sendo que as mais populares são as dos mercados BRIC, com 19% das preferências, seguindo-se as acções dos mercados emergentes, com 14%, as de acções na América Latina com 13% e as norte-americnas com 12%". Quanto a outros activos, 30% referiu que "pretende investir em obrigações de empresas e governamentais, 17% dos portugueses inquiridos pretende investir em ouro e "pouco menos de um quinto  (18%) afirma que nenhuma classe de activos representará um bom investimento" este ano.

Questionados sobre o nível de risco dos produtos em que pretendem aplicar o dinheiro, 63% dos investidores portugueses referiu que vai alocar os seus investimento a um tipo de baixo risco, 25% vai avançar com um investimento de médio risco e apenas 12% vai alocar os seus investimentos com risco elevado.

Estes resultados "demonstram que os investidores portugueses continuam a mostrar-se cautelosos e a privilegiar a preservação do capital em detrimento do crescimento. Por isso continuam a escolher produtos de um perfil de baixo risco, num momento em que os activos de crescimento oferecem maior potencial que em qualquer outro desde início da crise", refere Carla Bergareche, directora-geral da Schroders para Espanha e Portugal. Inquiridos sobre o objectivo dos seus investimentos, 39% referiu que procura protecção de capital, o que compara com 19% da média global, sendo que apenas 10% visa crescimento de capital, quando a média global é de 29%.

Carla Bergareche acredita que o peso que os investidores alocarão a produtos de baixo risco "tenderá a diminuir na medida em que se virem empurrados para classes de activos que possam oferecer-lhes rendibilidades reais efectivas". E sugere, neste contexto, para o investidor português dois fundos, "por um lado um fundo de obrigações flexíveis, que podem aproveitar as oportunidades em qualquer sector ou país, por outro os fundos multiactivos que visam um aumento do risco sem exposição à potencial volatilidade das acções", refere na nota de divulgação dos resultados do estudo.

Entre os investidores portugueses inquiridos no estudo, 56% considera que, para os próximos 12 meses, "o tipo de produtos financeiros que oferecem melhor retorno são as contas poupança/depósitos bancários, seguido dos produtos estruturados, com 24%", de acordo com o mesmo comunicado.