Conheça o ranking da categoria APFIPP ‘fundos de ações nacionais’ desde o início de 2015, e ainda detalhes sobre o tumultuoso mês de agosto para estes fundos.
A bolsa nacional está a ter um 2015 muito díspar. Segundo as últimas informações reveladas pela CMVM em relação ao PSI-20, com dados de agosto, o principal índice bolsista nacional encerrou o oitavo mês do ano com quedas de 8%. Também maio e junho foram meses de pouca harmonia para o índice, períodos onde as quedas registaram os 4,2% e 4,9%, respetivamente. Contudo, ainda assim, o saldo nos meses já decorridos de 2015 mantém-se numa rota positiva: no ano o crescimento do PSI-20 é de 9,6%.
Os fundos de ações nacionais, assim considerados nesta categoria pela APFIPP, também se pode dizer que vivem um ano “díspar” em termos de resultados. Desde o início do ano, até ao dia 11 de setembro, os seis produtos incluídos neste universo apresentavam um retorno médio de 4,92%. Contudo, como se pode ver na tabela abaixo há resultados diferentes.
Fonte: APFIPP, 11 de setembro
Agosto: um mês peculiar, que salta à vista
O Millennium Acções Portugal, gerido por Nuno Marques, da Millennium Gestão de Activos é “rei e senhor” nos meses já decorridos de 2015, período em que exibe 9,10% de rentabilidade. O fundo que conta com pouco mais de 32 milhões de euros de ativos sob gestão, apresentava nas suas maiores posições, no final de agosto, investimentos na NOS SGPS, no BCP, na Sonae, na Portucel e na EDP Renováveis. Na mesma ficha de produto de onde constam estas informações, Nuno Marques fez uma especial menção ao complicado mês de agosto, período em que o produto “desvalorizou 7,36%”. Contudo explica que “as posições na Semapa e Ibersol tiveram um contributo positivo para a rentabilidade de fundo, enquanto as de Sonae SGPS, BCP e NOS foram as mais penalizadoras, dado o seu peso na carteira”.
No caso do Banif Acções Portugal - produto que se segue na análise com 7,25% de rentabilidade – a maior posição em carteira no final de agosto era, segundo a ficha de produto do fundo, ações da Sonae SGPS, seguindo-se os investimentos na NOS SGPS e no BCP. Estas são as diferenças nas maiores posições em relação ao antecessor, já que no que toca ao mês de agosto o cenário é pouco diferente do fundo da Millennium Gestão de Activos: Jorge Guimarães aponta que em agosto “o fundo desvalorizou-se 7,70%”, tendo sido “penalizado pelas posições em Altri, Galp, BPI ou Sonae SGPS”.
No caso do fundo da BPI Gestão de Activos, BPI Portugal, terceiro melhor fundo da categoria desde o início do ano com 6,79% de retorno, as maiores posições em carteira, no final de agosto, pertenciam a outro fundo da casa - o BPI Monetário Curto Prazo - a ações da NOS SGPS, da Sonae SGPS, do BCP e da Galp. No conturbado oitavo mês do ano “em que a instabilidade, que teve epicentro na queda abrupta no mercado chinês, gerou um pico de volatilidade um pouco por todo o globo”, “as melhores contribuições para a performance do BPI Portugal no mês foram a Corticeira Amorim, a Ibersol e a Semapa”, dizem na ficha de produto.