Montante gerido pelos fundos de pensões aumentou 4,7% em 2021

fundos de pensões PPR
Créditos: Towfiqu Barbhuiya (Unsplash)

24,1 mil milhões de euros sob gestão. É o número apontado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no seu último relatório de evolução da atividade dos fundos de pensões, documento no qual passa em análise a evolução dos montantes geridos dos fundos de pensões, bem como a composição das carteiras destes produtos com referência ao último trimestre de 2021.

Contas feitas, comparativamente com o final do ano 2020, verifica-se um aumento dos montantes sob gestão de 4,7%, enquanto que, com referência ao terceiro trimestre de 2021, o crescimento cifra-se nos 1,6%.

Dentro dos fundos abertos, os PPR foram o grande impulsionador do acréscimo dos montantes geridos. Os produtos terminaram o último ano com 933 milhões de euros de ativos sob gestão, e o seu incremento tem sido gradual. Tal como a ASF faz questão de assinalar, a variação positiva que se verifica em 2021 “resultou do aumento de 17,2% nos fundos de pensões abertos e do aumento de 2,8% nos fundos de pensões fechados”. Face a dezembro de 2020, os PPR cresceram 16,8%.

Montantes geridos dos fundos de pensões

Fonte: ASF

Obrigações e fundos de investimento crescem

A imagem da composição das carteiras apresentada pela ASF demonstra pouca ou nenhuma alteração na alocação. De facto, o regulador escreve que “a estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2020”.

Comparando a composição das carteiras no terceiro e quarto trimestre de 2021, a única alteração visível nesse período é na componente outros. Contudo, ao observarmos a composição desde o início do ano, verificamos que a dívida pública perdeu peso nas carteiras de investimento dos fundos de pensões, assim como os depósitos bancários. Por outro lado, os fundos de investimento e as obrigações privadas cresceram.

Assim, “em 2021, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (49%), seguindo-se fundos de investimento (36%). Os imóveis (7%), depósitos bancários (4%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso”, assinalam da ASF.

Composição das carteiras de investimento dos fundos de pensões

Fonte: ASF