Desde o início do ano, as ações têm diminuído a sua presença nos portfólios geridos por estas entidades. As ações americanas são as que mais derrapam, a par das europeias.
Agitação. Os mercados de ações puserem o pé em 2016 ainda “ressacados” de um verão quente, em que a China impulsionou quedas abruptas nos índices mundiais.
Desde o início do ano até ao final de abril, as bolsas também não têm sido constantes e há vários valores – traçados a vermelho – que se podem e devem assinalar. O EuroStoxx 50, por exemplo, derrapa mais de 7% desde que o ano começou, enquanto a queda para o Nikkei já ronda os 12,4%. Na mó de baixo em 2016, está também o PSI-20, cujo retorno cai muito próximo dos 5% no período. Embora positivo no ano, o S&P 50, na data assinalada, não cresce além de 1%.
Neste contexto, não é de estranhar que nas carteiras das gestoras de patrimónios nacionais, o valor investido em ações tenha vindo a decair desde o início do ano. Os dados online disponibilizados pela APFIPP mostram que a componente de investimento direto em ações soma 4,5 mil milhões de euros no final de abril, o que contrasta com os 5,2 mil milhões de euros investidos no término do ano passado. Sublinha-se, claro, que estes valores de investimento são influenciados tanto por via do desinvestimento, como pela desvalorização dos próprios ativos.
Ações europeias e americanas: a maior variação negativa
A maior queda no valor investido em ações nas carteiras das sociedades gestoras de patrimónios, acontece nas ações americanas. Os números da APFIPP mostram que desde o início do ano até ao final de abril a variação negativa deste ativo já atinge os 21,43%. No final de abril valiam 577,4 milhões de euros na carteira, comparativamente com os 734,9 de início do ano.
No caso das ações europeias a variação é próxima dos -20%, estando atualmente o valor a rondar os 1,2 mil milhões de euros de investimento. Embora numa dimensão menor, também o montante aplicado em ações portuguesas derrapa no ano: mais de 9%. As ações portuguesas, no total das carteiras de gestão de patrimónios, valiam 1,1 mil milhões de euros.
Evolução do investimento em ações, nas carteiras das SGP
Fonte: APFIPP