O mês por excelência dos recomeços traduziu-se, nas plataformas nacionais, na manutenção do interesse dos investidores pelo risco, tanto nos fundos de ações como de obrigações.
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A “rentrée” da indústria financeira pode dizer-se que não trouxe grandes novidades quanto aos fundos estrangeiros mais subscritos nas três plataformas nacionais. Setembro, em traços gerais, voltou portanto a ser um mês de tomada de risco por parte dos investidores, caraterizando-se ainda pela preferência pelos mercados emergentes.
Essa tendência é demonstrada precisamente pelo Banco BiG e pelo Banco Best. No caso do primeiro, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, começa por indicar que “as preferências dos investidores têm-se concentrado em áreas geográficas específicas: Bloco Europeu, Ásia e Mercados Emergentes”. Com os problemas políticos mais amenizados e o cenário macroeconómico a estabilizar, “os fundos com exposição ao segmento accionista parecem continuar a ser privilegiados pelos investidores (da lista de 10 fundos mais subscritos, 5 são produtos com estratégias focadas neste segmento)”.
Emergentes e Europa: mantém-se o interesse
Do Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, também sublinha que este foi claramente “mais um mês com procura pelo risco e respetivo potencial de retorno, com 5 fundos de ações, 1 misto e 4 de obrigações no top 10, sendo que mesmo nos fundos de obrigações apenas um se pode considerar de menor risco”. No campo dos fundos de ações o denominador foi a consistência das escolhas, com “os clientes a apostarem em ações Médio Oriente e Norte de África com o Franklin MENA em ações europeias com os fundos Alken European Opportunities e Schroder European Dividend Maximiser, este último a propor-se distribuir 2% de dividendos trimestrais (8% anual) e em ações americanas com o US Aggressive Growth gerido pela boutique ClearBridge que faz parte do grupo Legg Mason”. A novidade do mês na plataforma aparece ao nível do sector da saúde com o World Healthscience gerido pela BlackRock, a entrar no penúltimo lugar da tabela.
No Banco BiG, também o segmento da dívida foi consonante com o mês anterior. Isabel Soares enumera que se “continuam a verificar inflows interessantes em fundos que incluam alguma exposição a dívida soberana periférica (nomeadamente BNY Mellon Euroland Bond e Blackrock Euro Bond) ou dívida emergente (através do fundo BNY Mellon Emerging Markets Debt Local Currency)”.
Como novidade a este nível, é destacada “a reentrada do fundo Invesco Pan European High Income na lista de produtos mais procurados”. No sentido de rebalancearem o risco das suas carteiras, na opinião da gestora de produto, “este fundo misto defensivo cuja alocação é repartida entre acções e instrumentos de dívida continua a assumir-se como uma das soluções privilegiadas pelos investidores”.
Habitués e novos
Do restante top de fundos estrangeiros mais subscritos, Rui Castro Pacheco enumera ainda os fundos de menor risco que o compõem. “O fundo de menor risco deste top é o Euro Bonds (short) gerido pela Deutsche AWM e que investe em dívida de curto prazo com maior exposição a governos”. No campo dos habitués também nos fundos de obrigações “encontramos o Dynamic Bond, gerido de uma forma flexível e dinâmica pela Jupiter e que distribui dividendos trimestralmente, e o Global High Yield, gerido pela Axa e que investe em obrigações de high yield de forma global”. “A fechar o quarteto de fundos de obrigações aparece uma novidade que é o Emerging Markets Bonds gerido pela Pioneer e que investe em dívida emergente”. O head of asset management realça ainda que “o Banco Best tem verificado junto de várias casas de gestão algum consenso em torno do bom momento potencial para a dívida de países emergentes, a qual se encontra atualmente com valorizações atrativas. Acresce que este fundo é gerido de uma forma muito flexível pela Pioneer podendo investir em países ou empresas tanto em Hard Currency (USD) como Moeda Local”.
A um nível de risco intermédio “indicado para investidores que querem alguma exposição aos mercados de ações, mas de forma controlada e com um retorno estável, aparece o fundo Stable Return gerido pela Nordea e que foi o mais subscrito pelos nossos clientes em Setembro”.
Risco... balanceado
Num meio termo aparece o ActivoBank. João Graça, da entidade, considera que “na vertente de subscrições, verificamos estratégias diferentes, alguns investidores a subscreverem fundos com um risco mais balanceado e mais diversificados como o caso dos fundos estratégicos da UBS, outros a optarem por diversificarem geograficamente os seus portfólios utilizando o Franklin India ou o Schroder ISF Frontier Markets”.
TOP TEN DOS FUNDOS MAIS SUBSCRITOS EM SETEMBRO
|
Best |
ActivoBank |
BiG |
1 |
Nordea-1 Stable Return Fund E EUR |
UBS (Lux) SF Balanced (EUR) N Acc |
JPMorgan Europe Equity Plus Fund |
2 |
Franklin MENA Fund N Acc €-H1 |
Goldman Sachs Global Cor EQ Portfolio E |
Invesco Pan European High Income Fund |
3 |
AXA World Funds Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%) |
MSS Euro Corporate Bond B |
BNY Mellon Euroland Bond P |
4 |
The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc |
Schroder ISF Euro Equity B |
BNY Mellon Emerging Markets Debt Lc Crcy |
5 |
Alken Fund European Opportunities-A |
UBS (Lux) SF Fixed Income (EUR) N Acc |
Fidelity Funds - Iberia Fund |
6 |
Pioneer Funds - Emerging Markets Bond C EUR ND |
Franklin India N |
Schroders ISF Asian Equity Yield |
7 |
Legg Mason ClearBridge US Aggressive Growth Fund Class A EUR Acc |
Parvest Bond Euro Government N |
Fidelity Funds-Emerging Markets Fund |
8 |
Schroder International Selection Fund European Dividend Maximiser B Dis |
JPM US Select Equity D |
Templeton Global Bond Fund |
9 |
BlackRock Global Funds - World Healthscience E2 EUR |
Schroder ISF Frontier Markets EQ B |
BlackRock Pacific Equity Fund |
10 |
Deutsche Invest I Euro Bonds (Short) NC |
BNY Mellon Global Real Return A |
BlackRock Euro Bond Fund |