O grande trunfo das gestoras estrangeiras para 2013

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Rahego, Flickr, Creative Commons

Nenhuma classe de activos tem sido capaz de oferecer a melhor rendibilidade num qualquer ciclo do mercado de forma consistente ao longo do tempo. Isto é, de facto, algo que não pode ser contestado. Por esta razão, alguns profissionais estão convencidos de que uma estratégia multiactivo é fundamental no actual cenário de incerteza política e económica. As gestores internacionais delineam a sua estratégia para 2013 e olham para a sua gama de produtos para identificar qual o melhor fundo para responder às exigências dos investidores. Qual será o principal trunfo para competir com as gestoras estrangeiras no ano novo?

A partir das respostas dadas pelos responsáveis das gestoras, pode ver-se que a "flexibilidade" e "gestão de risco" são dois aspectos muito relevantes num fundo multiactivos, especialmente tendo em conta o momento actual de mercado. A maioria dos fundos selecionados pelas entidades estrangeiras para os investidores coincidem em ser produtos de investimento global cujos gestores estão especialmente preocupados com a volatilidade. Os responsáveis das gestoras estrangeiras pelo mercado português fazem a sua escolha e revelam quais as apostas para 2013 (ordem alfabética).

BLACKROCK

Luis Martin, director de vendas da BlackRock na Península Ibérica, aposta num dos fundos estrela da gestora americana, o BGF Global Allocation Fund. "Com mais de 15 anos de história, trata-se de um fundo flexível e global, sem restrições relativamente a classe de activos ou área geográfica, o que lhe permite aproveitar as melhores oportunidades de investimento, independentemente da sua localização. O fundo tem proporcionado uma maior protecção do que as acções globais em momentos de perda, em mercados em queda (como durante a bolha da tecnologia e da crise global de crédito)", refere. Salienta do BGF Global Allocation o facto de ter sido premiado com o 'rating triple A' da S&P, assim como conseguiu a mais alta classificação qualitativa concedida pela Morningstar (Élite).

J.P. MORGAN AM

O fundo multiactivo destacado por Javier Dorado, responsável da J.P. Morgan Asset Management para o mercado ibérico é o JPM Global Income Fund, fundo multisectorial cujo objectivo principal é gerar o maior rendimento possível para os seus investidores. Rendimento esse que distribui de forma periódica (trimestralmente). De acordo com a explicação de Javier Dorado, os gestores deste fundo investem tanto no mercado obrigaccionista como no accionista, procurando instrumentos a nível global que permitam gerar rendimentos recorrentes de uma maneira diversificada. “Para além da componente da distribuição de rendimento, este fundo deverá beneficiar de um bom comportamento dos mercados em 2013”, assegura este responsável. O fundo é distinguido com o 'rating' cinco estrelas pela Morningstar.

SCHRODERS

Se Carla Bergareche tivesse que eleger um dos fundos da sua gama, a responsável da Schroders para Espanha e Portugal reconhece que a principal aposta em multiactivos é feita no Schroder ISF Global Multi-Asset Income, um fundo que tem uma classe de retalho que distribui um rendimento fixo anual de 5%. “Para alcançar este objectivo, os gestores do produto concentram-se na procura de rendibilidade e receitas sustentáveis, investindo numa ampla gama de classes de activos, regiões e sectores, o que permitiu obter uma rendibilidade mais estável do que aquela que se poderia obter caso apenas investisse numa única classe de activos”, afirma Bergareche. A estratégia do produto centra-se fundamentalmente no investimento em obrigações e acções globais, tendo os gestores especial atenção na qualidade das empresas na gestão dos riscos, tanto em cada investimento como na carteira no seu conjunto.

UBS GLOBAL AM

A escolha de Juan Infante, responsável do UBS Global Asset Management para a Iberia, é o fundo multiactivos UBS (Lux) Sicav 1- All Rounder (USD) P Acc. Segundo explica, “nesta carteira a rendibilidade é obtida através da sobreponderação ou subponderação em diferentes activos dependendo da fase do ciclo económico. Isto permite uma flexibilidade, diversificação e volatilidade controlada, para aqueles investidores que não tenham uma visão concreta relativamente ao um activo concreto”, assinala.