O possível impacto da nova proposta da ESMA no mercado nacional

ESG, sustentabilidade, responsável… são termos que têm sido cada vez mais incluídos nos nomes dos fundos de investimento nos últimos anos, em resposta à procura dos investidores por investimentos sustentáveis e também como resposta à necessidade de os gestores de fundos oferecerem produtos sustentáveis para satisfazer esta procura.

Contudo, como explicado por Sofia Santos numa tribuna escrita na FundsPeople, a "ESMA colocou em consulta pública um conjunto de propostas para combater o greenwashing". Nesta tribuna pode-se identificar duas das principais medidas propostas:

1) os fundos que se designem como ESG (ou seja, que têm essa designação no nome do fundo) têm de ter pelo menos 80% dos investimentos com objetivos ou promoção de características ambientais/sociais;

2) os fundos que se designem como Sustentáveis (ou palavra relacionada no nome do fundo) têm de ter pelo menos 50% dos investimentos com objetivos ou promoção de características ambientais/sociais. 

A FinReg360 destaca ainda outro ponto a considerar sobre a nomenclatura dos fundos de investimento: "No caso de fundos de fundos, está-se a considerar a possibilidade de ser necessária uma análise dos produtos subjacentes para poder utilizar estas nomenclaturas".

O possível impacto no universo de fundos nacionais

No nosso país vizinho, Espanha, existem já gestoras que removeram a parte da nomenclatura relacionada com esta temática dos fundos de investimento que gerem. Foi o caso de entidades gestoras como a Fonditel, Tressis Gestión ou Renta 4 Gestora. Contudo, há que realçar que a grande maioria dos fundos manteve a nomenclatura.

Em Portugal, o número de fundos com referências deste âmbito no nome é bastante reduzido. Mostramos abaixo a lista de fundos nacionais que contam com alguma referência à sustentabilidade ou investimento responsável no nome dos mesmos: